Introdução do curso: uma pequena história nada linear. O corpo no centro do “mistério cristão”: Jesus Cristo, a Virgem e os santos. O universo em miniatura. O corpo da rei como corpo do Estado: Charles Le Brun e Luís XIV. A imagem do corpo perfeito na arte: Leonardo da Vinci e Albrecht Dürer.
A presença do nu em alegorias; cenas do Antigo Testamento e no martírio dos santos. Os espaços de exposição da nudez no século 16. Imageria erótica da mulher deitada: cassoni florentinos; Giorgione, Vênus adormecida; Ticiano, Vênus de Urbino.
A anatomia revoluciona a representação do corpo individual: Andreas Vesalius e os aspectos da gravura, Rembrandt van Rijn e Lição de Anatomia do Dr. Tulp e o papel de Leonardo da Vinci e Rembrandt. A construção do corpo como representação social de si mesmo: Erasmo e Castiglione. O retrato como consciência: Moretto de Brescia: Retrato de Homem Jovem.
O corpo e o cadáver: o Marat de David e a Barca da medusa de Géricault. O nu feminino: dos disfarces alegóricos ao escândalo do “real”: a Vênus de Cabanel, a Olympia de Manet e Estudo de Mulher de Amoedo. O íntimo e o pornográfico: A origem do mundo de Courbet e a fotografia. O corpo como deleite e como ruína. A pintura naturalista e Almeida Junior. A expressividade e energia matérica do corpo na escultura. Daumier e Rodin.
O dinamismo do corpo como metáfora da “impressão” e do movimento: Degas e Lautrec. O corpo que olha versus a máquina que captura: o peso dos dispositivos técnicos. O corpo-organismo versus o corpo-estrutura; construção e desconstrução do corpo moderno. As demoiselles de Avignon, de Picasso. A arte como ação do corpo. Soirées Dada e as experiências de Flavio de Carvalho.
Fernanda Pitta é historiadora da arte,
curadora da Pinacoteca de São Paulo e professora de história da arte moderna e
contemporânea na Escola da Cidade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Doutora em Artes Visuais pela ECA-USP, suas pesquisas têm como foco a arte no
Brasil no entre séculos 19-20 em contexto transnacional; atua também no campo
da crítica de arte contemporânea. Foi curadora, com Valéria Piccoli, da série
de mostras Coleções em Diálogo: Museu Mariano Procópio e Pinacoteca de São
Paulo (2014) e Coleções em Diálogo: Museu Paulista e Pinacoteca de São Paulo
(2016). Atualmente, organiza uma exposição da produção da artista Ana Maria
Tavares, a ser realizada a partir de novembro de 2016 na Pinacoteca de São
Paulo.
Flavia Galli Tatsch é doutora em História pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mestre em Ciência da Informação e
Documentação pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada e
licenciada em História pela USP. Professora Adjunta
de História da Arte Medieval na Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
- EFLCH da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professora do Programa
de Pós-Graduação em História da Arte (Unifesp). Vice-coordenadora do curso de graduação de História da Arte da
EFLCH/Unifesp entre 05/2013 e 05/2015. Responsável pelo Núcleo de Pesquisa
História da Arte (Unifesp) no Laboratório de Estudos Medievais - LEME. Tem como
principais temas de pesquisa: história e imagens; história da arte medieval;
cultura visual, transferências e circulações artísticas na Idade Média;
gravuras tardo-medievais e proto-modernas. Também tem experiência no
desenvolvimento de exposições de história e de arte, assim como na elaboração
de material didático e educativo para professores e alunos.