A escolha dos locais que compõem a rede segue dois critérios básicos: a qualidade dos espaços na relação entre arquitetura e uso e sua acessibilidade por meio da articulação ao sistema de transporte de massa da cidade. Assim, é possível visitar toda a X Bienal a partir de um conjunto multimodal que tem o metrô como espinha dorsal.
"Esta edição da Bienal de Arquitetura propõe uma discussão de extrema relevância, ao abordar as múltiplas possibilidades de pensar e construir a cidade contemporânea, e nelas registrar o necessário espaço para o fazer cultural". Marcelo Mattos Araujo, Secretário de Estado da Cultura.
“É com grande satisfação que o Centro Cultural São Paulo e o Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes, equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, integram pela primeira vez a Bienal de Arquitetura. Ambos os espaços associam boa qualidade arquitetônica e funcionalidade, características imprescindíveis de um prédio público de caráter cultural. A oportunidade de sediar atividades deste evento nos alegra, sobretudo, pelo tema escolhida para esta edição, que vai ao encontro com o momento que a cidade vivencia atualmente, que é de autocrítica e busca de novas soluções para antigos e também novos problemas cotidianos. Este é o momento oportuno de reflexão sobre os caminhos a percorrer para alcançar a cidade que queremos e nela a cultura deve ter papel estratégico e preponderante “. Juca Ferreira, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo.
“Acolher e potencializar mobilizações para a melhoria da qualidade de vida nas cidades reafirma os compromissos e valores institucionais do Sesc. Ao compartilhar ações e vivências reflexivas e formativas de maneira descentralizada, favorece a efetiva apropriação e protagonismo dos cidadãos em prol da transformação urbana e social”. Miranda também acredita que “para urbanistas, arquitetos e artistas, a questão do pleno direito à cidade deve estar no cotidiano de sua ação, e entendê-la possibilita descortinar uma série de caminhos inspiradores. Ao ocupar diferentes espaços da cidade, esta edição da Bienal, presente em pontos vitais na cena cultural da cidade, multiplica seu conteúdo em um roteiro mais abrangente na cidade”. Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc em São Paulo
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – MODOS DE AGIR
O Centro Cultural São Paulo é a base principal da Rede Bienal, com o conjunto maior de pesquisas e exposições especialmente produzidas para o evento. “Fazer” e “usar” a cidade parecia ser, até pouco tempo atrás, um par dicotômico, que aludia, de um lado, às forças políticas e econômicas que constroem a cidade junto ao desenho do arquiteto e, de outro, ao uso dos espaços urbanos pela população. Hoje, no entanto, está claro que esses polos não se separam, pois usar é fazer e vice-versa, e não daremos conta da complexidade crescente das cidades sem arquitetarmos seus fazeres e usos de maneira dialógica.
Brasil: O Espetáculo do Crescimento
A pesquisa foi realizada a partir de uma viagem às regiões que mais cresceram economicamente nos últimos dez anos, no Norte e Nordeste do país. Esse crescimento foi obtido por meio de atividades econômicas locais (basicamente mineração e agronegócio) e por grandes obras infraestruturais do governo (transposição do Rio São Francisco, usina hidrelétrica de Belo Monte, Mina de Carajás, Ferrovia Transnordestina, Porto de Suape, programa Minha Casa Minha Vida). As cidades visitadas foram: Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, Cabo de Santo Agostinho, Marabá, Parauapebas e Altamira.
Carrópolis
Trata das transformações sofridas pelas cidades – em especial São Paulo – a partir do momento em que o carro se tornou protagonista. Se, no início, o automóvel surgiu como promessa de felicidade, moldando o novo imaginário urbano a partir das experiências de Los Angeles e Las Vegas, ele foi se tornando o grande vilão, criando cicatrizes viárias em meio ao tecido histórico das cidades e puxando seu crescimento horizontal em direção aos subúrbios. Hoje, a consciência sobre o direito à mobilidade como garantia de cidadania pede a revisão urgente do modelo rodoviarista de crescimento urbano, francamente adotado pelas cidades brasileiras.
Detroit: Ponto Morto?
Retrata o declínio da cidade americana de Detroit, que foi sede da indústria automobilística mundial, como símbolo do colapso industrial e fordista. Com a ruína da cidade, proliferam atividades colaborativas ligadas à agricultura de subsistência.
China: O Mundo Renderizado
País que mais cresce dos pontos de vista econômico e urbano, a China apresenta fenômenos intrigantes no cenário atual. De um lado, cidades como Shenzhen, cujos parques temáticos clonam as imagens de vários lugares, e de outro Ordos Kangbashi, construída para 1 milhão de habitantes mas ainda praticamente vazia. Se Detroit é a “cidade fantasma” do passado, Ordos é seu equivalente no futuro.
Densidade
A densidade é um atributo cada vez mais crucial para a sustentabilidade das cidades em um planeta superpovoado. Hoje, em um mundo que se urbaniza de acordo com taxas muito altas, a construção em massa forma e reforma radicalmente as cidades latino-americanas, africanas e, sobretudo, asiáticas.
O Rio do Futuro de Sergio Bernardes
Com um rico material iconográfico, que se relaciona com o Rio de Janeiro de hoje e de amanhã, apresentado na exposição RioNow, recupera o legado visionário do arquiteto carioca, com um projeto urbano abrangente para o Rio de Janeiro, publicado na revista Manchete em 1965.
RioNow
Aborda as transformações urbanas em curso no Rio de Janeiro em função de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Como já ocorreu em cidades como Barcelona e Berlim, esse processo tem mobilizado arquitetos e investidores de várias gerações e latitudes, que apostam em diferentes modelos de parcerias com empresas, instituições e corporações nacionais e transnacionais de poder econômico e político para viabilizar novos projetos e negócios. Mas que opções têm sido apresentadas para o modelo altamente predatório que domina as grandes cidades hoje?
Espaço Público e Ativismo
Recupera e apresenta registros e mídias (fotos, vídeos, cartazes, faixas) resultantes da onda recente de protestos que tomou as ruas de várias cidades do mundo, incluindo material do movimento “Occupy Wall Street”, de Nova York, e das manifestações recentes no Brasil, desencadeadas pelo Movimento Passe Livre. O objetivo é discutir possibilidades concretas para a construção de práticas sociais e projetuais, alinhadas com novas formas de ação política, que encontram no espaço público sua esfera primordial de ação.
Segurança como Direito à Cidade
Aborda a questão da segurança pelo aspecto afirmativo, isto é, pelo uso intenso dos equipamentos e espaços públicos da cidade, por oposição às ideias de proteção, vigilância, encarceramento e exclusão. Serão mostrados exemplos de projetos e obras em Medellín (Colômbia), Cidade do Cabo (África do Sul), Nova Délhi (Índia) e Rio de Janeiro (Brasil).
Adeus, Robin Hood
Foca na demolição do conjunto habitacional Robin Hood Gardens, em Londres, obra emblemática do casal Alison e Peter Smithson, dois dos membros mais ativos do Team X. A recente – e fracassada – campanha internacional pela preservação da obra é contraposta ao ideal que funda o projeto original, fruto de um rico debate crítico sobre arquitetura e cidade no pós-guerra.
Revisitando os Grandes Conjuntos
É uma combinação de projetos habitacionais em Paris, Saint-Nazaire e Bordeaux de autoria de Druot, Lacaton & Vassal e trabalhos fotográficos de Mathieu Pernot, contendo imagens de cartões-postais dos conjuntos residenciais modernos na periferia de Paris e fotos de sua demolição.
O Copan que Não se Vê
O Copan é o edifício mais francamente metropolitano de São Paulo. Nos trabalhos aqui apresentados, uma rede quase invisível de relações humanas e sintáticas desloca a atenção do edifício para seu uso, aludindo a uma quantidade excessiva de elementos e histórias que não cabem nem mesmo em um prédio gigante.
Praça das Artes
Inaugurada três décadas depois do Sesc Pompeia e do Centro Cultural São Paulo, essa obra de escala urbana renova a presença de uma inteligência arquitetônica na construção da cidade de São Paulo, reaproximando de forma aberta e porosa os modos de fazer a cidade aos modos de usá-la.
De que Leis É Feita a Verticalização em São Paulo?
Concebida no contexto dos recentes debates em torno da revisão do Plano Diretor de São Paulo, enfoca a polêmica questão da verticalização. Para regrar a especulação do mercado e garantir o interesse público na construção da cidade, um dos melhores instrumentos que temos são as normas. Mas para que servem as leis? A quem interessa que as normas produzam ou não boas cidades?
The Banality of Good
Apresenta uma série de seis cidades exemplares que foram planejadas nas últimas seis décadas. Os ideais dessas cidades serão apresentados por meio de grandes alegorias em seis trípticos de madeira que representam os sonhos e as realidades das cidades.
Actions: What You Can Do with the City
Pesquisa iniciada pelo Canadian Centre for Architecture em 2007, a exposição – composta de 99 projetos selecionados de cenários urbanos contemporâneos e produzidos por um grupo grande e diverso de ativistas – apresenta ideias influentes e sagazes que revelam abordagens inesperadas sobre o “urbano”.
MASP – MODOS DE ATRAVESSAR
Relaciona a produção de importantes artistas e arquitetos brasileiros na virada dos anos 1960 para os 1970, em torno da promulgação do AI-5. São eles: Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, Lina Bo Bardi, Hélio Oiticica e Cildo Meireles. O tema são os constantes atravessamentos entre as esferas pública e privada no Brasil, na forma de casas pensadas como espaços urbanos e instalações artísticas ambientais em lugar público concebidas para ser usadas de modo subjetivo e doméstico. Os elementos do asfalto e da praia, presentes nos diversos trabalhos, encarnam a imagem metafórica das duas principais áreas coletivas no Brasil: a rua e a praia.
MUSEU DA CASA BRASILEIRA – MODOS DE HABITAR
Instalado no antigo solar da família Silva Prado, o Museu da Casa Brasileira tem realizado exposições sobre diversas tipologias ligadas ao “morar” no Brasil. Reforçando essa vocação da instituição, procuramos situar aqui uma série de experiências ligadas ao programa habitacional, tanto no Brasil quanto no exterior, em um arco temporal que vai dos anos 1970 até hoje.
CASA-BOLA: O PROCESSO
A Casa-Bola é a mais contundente experiência arquitetônica da contracultura no Brasil. A obra foi criada por Eduardo Longo entre 1974 e 1979 como protótipo de uma unidade de habitação industrializada, imaginada como módulo de hipotéticos edifícios de apartamentos.
A cápsula esférica materializou uma mudança radical na carreira do arquiteto: ela é fruto da autocrítica de Longo, que, no rescaldo de maio de 1968, passou a reprovar o modo de vida corrente, levantando bandeiras contra o consumo excessivo e o desperdício de recursos na construção civil – temas atuais não apenas para a arquitetura, mas também para toda a sociedade.
Na ocasião, Longo era um estrelado e criativo projetista, outsider no debate arquitetônico brasileiro. Contudo, sua viagem particular possui paralelos com autores estrangeiros, como Buckminster Fuller, Yona Friedman e os metabolistas japoneses. Após fechar seu escritório, Longo começou a destruir a própria casa-escritório, na Rua Amauri, em São Paulo, alimentado pelo misticismo e pelo uso de drogas.
Em um processo autofágico muito raro no ambiente arquitetônico, ele deglutiu as próprias ruínas de concreto para alimentar a nova fase de sua obra. De forma simbólica, usou a cobertura inclinada de sua antiga casa-escritório como suporte para construir a morada esférica.
Mais do que um projeto acabado ou um exemplo-síntese da rica trajetória de Longo, a casa-bola é um processo, ininterrupto e inacabado, de mais de 40 anos de trabalho. Ali, é possível observar sua investigação em busca de uma visão urbanística e ecológica particular, simultaneamente aos resquícios da primeira parte de sua trajetória, cuja casa-escritório era um exemplar interessante.
Eduardo Longo é apresentado aqui na figura de narrador em primeira pessoa, utilizando sua voz, sua emoção e seu acervo para relatar esse processo em que obra e autor são indissociáveis.
CASA MORIYAMA
A Casa Moriyama é uma experiência radical de explosão das fronteiras entre o público e o privado, ou entre o urbano e o doméstico. Situada em um bairro tradicional de Tóquio, com ruas estreitas e volumetria uniforme, a casa não ocupa o lote de maneira convencional. Pois, ao invés de edificar um bloco sólido sobre o terreno, Ryue Nishizawa explodiu o programa doméstico em um fractal de cubos brancos com alturas variáveis. Assim, para se passar de um bloco ao outro é preciso não apenas enfrentar a intempérie, como também atravessar uma área semipública: pátios e jardins que não se separam fisicamente das calçadas da cidade. E até o sanitário se configura como um pequeno bloco de vidro apenas ligeiramente vedado por uma cortina branca.
Essa disposição fragmentária e celular responde à intenção de criar uma forma mais aberta e flexível de organização da casa, já que o proprietário pode optar por expandir os seus domínios em múltiplos ambientes, ou por dispor de vários deles para o aluguel, criando uma comunidade de vizinhança feita de células individuais.
O olhar da fotógrafa Valentina Tong captou a vida dessa casa em um momento claramente cotidiano, distinto do que normalmente vemos em publicações de arquitetura. Surpreende, aqui, o caráter quase rural dos pátios e jardins, com suas hortas improvisadas, restos de folhas, fios passando de forma desorganizada, e objetos de uso cotidiano abandonados. A sofisticação dos materiais empregados, bem como do mobiliário, contrasta com a terra e o mato, assim como o minimalismo sofisticado do design destoa da improvisação em forma de acúmulo que baliza o uso do espaço: tijolos, blocos e livros empilhados, servindo de apoio para outros objetos.
Em um dos pátios vemos a terra revolvida, com folhas e pás de jardim fincadas em torno de uma mancha mais escura. Será a cova de um cão recém-enterrado? Será a plantação de uma nova árvore? Difícil saber. Na organização ultraexposta e sempre cambiável dessa casa, muitos segredos parecem persistir, atestando o fato de que a privacidade e a publicidade são dimensões que transcendem a forma construída.
MINHA CASA MINHA VIDA
Quando lançado pelo governo federal, em março de 2009, o programa Minha Casa Minha Vida tinha como meta a construção de 1 milhão de unidades habitacionais para famílias com renda de até dez salários mínimos.
Gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, o programa foi apresentado como modelo inédito de política habitacional e justificado com base em dois argumentos: a necessidade de redução do déficit habitacional brasileiro, concentrado nas regiões metropolitanas, e o combate à crise econômica internacional, por meio do estímulo à indústria de construção civil.
As críticas não tardaram. A reedição da ideologia da casa própria, a desconsideração em relação aos avanços na área de habitação social no Brasil, a falta de pensamento urbano, a reprodução da lógica do mercado imobiliário, a ausência de variedade e inventividade espacial, tipológica e construtiva, a ênfase no dimensionamento mínimo e o descompromisso em termos de sustentabilidade social e ambiental foram alguns dos pontos frágeis do programa, levantados por muitos arquitetos e urbanistas.
Outro ponto bastante criticado foi a opção de entregar não só as obras mas também os projetos às construtoras, contratadas diretamente pela Caixa Econômica, em um modelo que envolve parcerias com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos. Excluídos inicialmente do processo, os arquitetos começam a apresentar opções para os conjuntos de péssima qualidade já construídos em várias cidades do Brasil.
O conjunto de propostas aqui reunidas é um instantâneo deste momento. Mais do que um ou outro projeto, mostra a disposição de arquitetos do Brasil e do exterior para lidar com o desafio atual de projetar habitação social de qualidade no país, em diálogo com uma política habitacional e urbana cujos problemas seguem tão crônicos quanto alarmantes.
CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTONIA – MODOS DE SER MODERNO
Propõe um balanço e a revisão do legado moderno no Brasil. Inclui o rico material fotográfico da construção de Brasília selecionado pelos artistas Michael Wesely e Lina Kim. Trata-se do maior e mais importante trabalho de pesquisa e recuperação de imagens de Brasília, exposto pela primeira vez em São Paulo.
ASSOCIAÇÃO PARQUE MINHOCÃO – MODOS DE NEGOCIAR
Traz o registro da história do High Line em Nova York e uma apresentação de projetos artísticos sobre o Minhocão em São Paulo. O apartamento onde está a exposição se localiza em frente ao Minhocão, na mesma altura do elevado. A visita oferece, portanto, atrativos distintos durante a semana, quando a pista é tomada por carros, e aos domingos, quando o elevado se torna um parque de concreto e asfalto a céu aberto.
SESC POMPEIA – MODOS DE COLABORAR
A exposição é composta de uma rede internacional de coletivos de arquitetos, urbanistas e artistas, estúdios de arquitetura e design, escolas e universidades que adotam posturas colaborativas, visando a transformar e melhorar sua cidade. Inclui residências-colaborações em parceria com o Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e o Teatro Oficina, conversas, palestras e oficinas, que acontecem entre setembro e novembro, com o resultado compartilhado no Sesc Pompeia.
PRAÇA VICTOR CIVITA – MODOS DE FLUIR
É um núcleo dedicado aos projetos de infraestrutura urbana que tratam da questão das águas. A relação de uma cidade com seus recursos hídricos é sempre central para seu planejamento, pela proximidade com o mar, por ser cruzada por rios e outros cursos de água ou mesmo pelas mais básicas questões de abastecimento. São apresentadas praças, parques e até cidades inteiras que trazem em seus desenhos um indissociável liame entre desenho urbano, paisagem e infraestrutura.
PROJETO ENCONTROS – METRÔ PARAÍSO – MODOS DE ENCONTRAR
Reúne ações e percursos exploratórios de São Paulo e de outras cidades, como o projeto Safari, do São Paulo Lab/Rede Studio-X Columbia University (Nova York), que apresenta mapeamentos da fauna e flora de regiões pelas quais passam redes metroviárias em Nova York, Pequim e São Paulo, e a exposição interativa usando a hashtag #modosdeusaracidade.
MOSTRA DE CINEMA – MODOS DE VER
O programa de filmes que a Mostra Internacional de Cinema e a X Bienal de Arquitetura de São Paulo prepararam para o vão livre do Masp reúne nove títulos gravados na capital paulista, escolhidos, entre muitos, para ver a cidade e notar também os modos pelos quais ela foi e é vista. O programa cobre um arco de 84 anos, período no qual São Paulo se transformou radicalmente
Mais informações e a programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no site www.xbienaldearquitetura.org.br.
SEMINÁRIOS • PALESTRAS • OFICINAS • PERCURSOS • VISITAS
Mais informações no site www.xbienaldearquitetura.org.br.
REDE EXPANDIDA
Casa de Francisca: Rua José Maria Lisboa, 190, Jardim Paulista (Metrô Brigadeiro)
De 16 de outubro a 27 de novembro, sempre às quartas-feiras, às 21h30.
São 40 lugares vendidos a cada noite, por R$ 53. Reservas somente no site www.casadefrancisca.art.br
Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200, Morumbi
Anhangabaú: Jardim Tropical
De 12 de outubro a 24 de novembro
Horário de funcionamento e programação detalhada no site www.institutobardi.com.br
Apresentação do projeto de Lina Bo Bardi e equipe para o Concurso do Anhangabaú, promovido em 1981 pela Emurb, que apresentava a radicalidade do uso do vale pelos pedestres em meio a um imenso parque, por ela denominado Jardim Tropical. Haverá também o colóquio “Lina Bo Bardi em Seu Tempo”, que será realizado em 19 de outubro
Casa do Povo: Rua Três Rios, 252, Bom Retiro (Metrô Tiradentes)
Nós Brasil, We Brazil!
De terça-feira a domingo, das 11 às 18 horas
Contribuição oficial da Alemanha, o projeto tem como objetivo aprofundar o entendimento da realidade das cidades brasileiras contemporâneas, bem como dos desafios que elas enfrentam. No decorrer da bienal, palestras e workshops acontecerão na Mesa-Y. A programação poderá ser conferida no Facebook www.facebook.com/casadopovoxxi e no site www.goethe.de/weltstadt
Cemitério do Araçá: Avenida Doutor Arnaldo, 666, Cerqueira César (Metrô Clínicas)
Penetrável Genet
Diariamente, das 13 às 17 horas, com sessões de 15 pessoas
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes: Avenida Inácio Monteiro, 6900, Cidade Tiradentes
Modos de Colaborar
Em articulação com o Sesc Pompeia, são realizados debates e oficinas gratuitos em dias e horários a ser confirmados
Galeria Choque Cultural: Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena (Metrô Sumaré)
Conjunto Vazio
De 10 a 16 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e sábado, das 13 às 18 horas
Teatro Oficina: Rua Jaceguai, 520, Bela Vista (Metrô Liberdade)
Serviço:
REDE BIENAL
Cada um dos espaços que compõem a Rede Bienal terá datas específicas de abertura e fechamento de suas exposições. O acesso ao público será possível respeitando a política de cada instituição parceira, conforme descrito a seguir:
Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000, Paraíso (Metrô Paraíso/Vergueiro)
De 12 de outubro a 1º de dezembro, diariamente (áreas livres), das 9 às 22 horas, e de terça-feira a domingo, das 9 às 18 horas (jardins) e das 9 às 22 horas (Espaço Flávio Império – Foyer). Acesso gratuito aos espaços expositivos
Museu de Arte Assis Chateaubriand – Masp: Av. Paulista, 1578 (Metrô Trianon-Masp)
De 13 de outubro a 24 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas (a bilheteria fecha às 17h30), e de quinta-feira, das 10 às 20 horas (a bilheteria fecha às 19h30). Possibilidade de postergação da data de término, a ser confirmada pela instituição
Ingresso integral: R$ 15, com direito a entrada em todas as exposições em cartaz no dia da visita. Estudantes, professores e aposentados com comprovante: R$ 7 (meia-entrada). Menores de 10 anos e maiores de 60 anos não pagam ingresso. Às terças-feiras, a entrada é gratuita para o público em geral.
Centro Universitário Maria Antonia – USP: Rua Maria Antonia, 258 e 294, Vila Buarque
(Metrô República)
De 14 de outubro a 1º de dezembro, de terça a sexta-feira, das 10 às 21 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 20 horas
Acesso gratuito aos espaços expositivos
Museu da Casa Brasileira: Avenida Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano
(Metrô Faria Lima e ciclovia)
De 12 de outubro a 10 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas
Ingresso: R$ 4 e R$ 2 (estudantes). Domingos e feriados: gratuito
Sesc Pompeia: Rua Clélia, 93, Pompeia (Estação Água Branca da CPTM)
De 15 de outubro a 1º de dezembro, de terça-feira a sábado, das 9 às 20 horas, e domingos e feriados, das 9 às 20 horas
Acesso gratuito
Praça Victor Civita: Rua Sumidouro, 580, Pinheiros (Metrô Pinheiros)
De 12 de outubro a 1º de dezembro, diariamente, das 6h30 às 19 horas
Acesso gratuito
Projeto Encontros (Metrô Paraíso, na plataforma da Linha 1 – Azul, sentido Tucuruvi): Rua Vergueiro, 1456
De 12 de outubro a 1º de dezembro, de domingo a sexta-feira, das 4h40 à 00h22, e sábado, das 4h40 à 1 hora
Acesso ao local da exposição para o público circulante do metrô
Bilhete unitário: R$ 3
Associação Parque Minhocão: Av. São João, 1896 (Metrô Santa Cecília)
De 13 de outubro a 1º de dezembro, com visitas programadas (informações detalhadas no site www.Xbienaldearquitetura.org.br) Acesso gratuito.
A 1ª retrospectiva póstuma do escultor Xico Stockinger, brasileiro nascido na Áustria e que morreu em abril de 2009 aos 89 anos, vai ocupar diferentes espaços do MASP a partir de junho para apresentar uma ampla visão de sua produção de quase seis décadas. Nome de referência na escultura brasileira, Stockinger tem obras conhecidas do grande público, como as instaladas na Praça da Sé em São Paulo, no Parque da Escultura no Rio de Janeiro e na Praça da Alfândega em Porto Alegre, onde estão as esculturas em bronze dos poetas Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana, retratados em uma conversa de amigos.
A mostra reúne 67 obras, entre esculturas de médio e grande porte em bronze e mármore, objetos utilitários, xilogravuras e desenhos, um destes o retrato do artista feito por Flávio de Carvalho. O nome da exposição, Stockinger - O Descanso do Guerreiro, faz alusão à escultura de sua autoria, de 1961, também presente na mostra.
Além do bronze e mármore, Francisco Stockinger usou madeira, barro, ferro e gesso para criar o exército de heróis e mulheres que permeiam seu universo criativo. Na retrospectiva apresentada pelo MASP o público poderá apreciar peças das séries Guerreiros, Sobreviventes e Gabirus. Nesta última, o artista retrata o homem gabiru como o nordestino franzino que teve seus sonhos esmagados pela miséria dos que vivem em meio à seca. O homem gabiru de Stockinger, que se alimenta do próprio rato-preto, não é mais homem - perdeu toda esperança de viver de modo digno.
Destaque também para a série Magrinhas, uma das últimas esculpidas pelo artista, no ano de 2003, que inclui sete detalhadas esculturas de bronze de até 2,2m de altura. Buscando ampliar a visão do observador para além do objeto estático, as séries exibidas no MASP mostram o que há de mais significativo na obra do artista, possibilitando uma ampla visão de um trabalho que começou no final dos anos 40 no ateliê de Bruno Giorgi, no Rio de Janeiro, e se estendeu até a década de 2000 em Porto Alegre.
Sobre o artista
Francisco Stockinger foi escultor, gravurista e chargista. Nasceu em Traun, Áustria, em 1919 e aos dois anos de idade veio com a família para Santo Anastácio, interior de São Paulo. Iniciou seus estudos no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro em 1946, trabalhando durante três anos no estúdio de Bruno Giorgi. Na década de 50 mudou-se para Porto Alegre. Naturalizou-se brasileiro em 1956, ano em que foi eleito presidente da Associação Rio Grandense de Artes Plásticas Francisco Lisboa. Foi o fundador e diretor do Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, inaugurado em 1961. Dois anos depois instalou uma escultura em praça pública na cidade de São Paulo, sob encomenda do embaixador Assis Chateaubriand. Em 1967 tornou-se diretor da Divisão de Artes do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul e diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Francisco Stockinger realizou mais de 30 exposições individuais, além de ter participado de dezenas de mostras coletivas.
Serviço Educativo
Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição de Francisco Stockinger terá um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados.
Informações: 3251 5644, ramal 2112
O Museu de Arte de São Paulo em parceria com a Base 7 - que recentemente presentearam o público com Rodin - do Ateliê ao Museu e O Mundo Mágico de Marc Chagall - apresentam Luise Weiss - Passagens e Memórias. Desenvolvida especialmente para o museu, a mostra da artista brasileira, organizada por Ricardo Ribenboim, é composta por 26 pinturas (12 delas inéditas), 21 gravuras, 19 fotografias, uma série de livros, uma série de vídeos, além de textos da autora e de um renomado grupo de críticos e artistas plásticos.
Entre imagens de navios, portos, retratos e cenas de despedidas, a exposição permeia a rotina de viajantes e imigrantes como metáfora à condição essencial da existência humana: a vida como passagem. A fotografia - ponto de partida da mostra e de toda a trajetória de Weiss - tem papel fundamental para a construção dessa atmosfera. Fruto em boa parte do arquivo familiar da artista ou de doações de amigos, as fotografias retrabalhadas compõem as obras presentes na mostra foram registradas desde os anos 40 até os dias atuais: abraços, choros, sorrisos de familiares, amigos ou anônimos trazem ao presente os sentimentos do passado.
A recente série de livros-objetos, produzidos com sobras de fotocópias e fotografias arquivadas, mantém diálogo intenso com as fotos, as pinturas e as gravuras repletas de diluições e sobreposições cromáticas. O vídeo surge como eixo da exposição e dá continuidade ao fascínio de Weiss com a representação visual de questões do tempo e da memória por meio de texturas, mescla de cores, sombra e luz.
Integradas às análises de Ana Maria de Moraes Belluzzo, Evandro Carlos Jardim, Leon Kossovitch, as reflexões de Luise pontuam sua eterna busca pelo entendimento do presente através dos sentimentos do passado.
Esta mostra faz parte de uma série de exposições propostas pelo Conselho Curatorial do MASP, com o papel de dar maior visibilidade à produção artística brasileira.
Texto de Ana Maria de Moraes Belluzzo
Os trabalhos recentes de Luise Weiss demonstram sua plenitude expressiva e nos afetam profundamente. Seu pensamento visual atravessa vários domínios: gravura, fotografia, desenho e pintura, objeto "encontrado" e reconstituído.
Nesta mostra, Luise transita por meios heterogêneos entre a arte e a vida.
Tanto utiliza as propriedades de cada meio por sua vez, para alcançar sentido preciso; quanto incorpora os diferentes meios entre si, favorecendo uma linguagem altamente condensada. É bem provável que sua liberdade no desenho já não possa existir sem o afã da pintura, que as imagens surjam em sua mente já dotadas de dimensões corpóreas. Luise tem a certeza fotográfica da existência de paisagens distantes e possui uma alma de gravadora, capaz de sondá-la em sucessivas escavações.
(...)
Luise lança mão de inúmeras camadas de cor. Desfaz e refaz figuras. Reanima o que parecia no ponto de partida uma foto congelada. Na experiência da artista, a fotografia é provedora de imagens, é dispositivo para preencher ausências, enquanto a pintura e o objeto constroem presenças.
Texto de Leon Kossovitch
Para Luise, a arte não ilustra uma história já escrita, concebe-a. Recusando a estética que subordina a imagem a um discurso suposto autônomo, este vídeo e estas fotos estabelecem-na traçando encruzilhadas de diversas vias de significação. A história, narração de tais cruzamentos, não é, portanto, uma, mas muitas, pois considera o próprio deslocamento entre imagens como historiante.
(...)
O destinatário desta arte não é apenas Luise, são todos os que, em sua obra, testemunham a dor do fragmentário, do transitório, do perdido. A essa dimensão testemunhal se acresce outra, a taumatúrgica, que confere às imagens de Luise potência miraculante.
Não basta à narração imagética o testemunho entendido como compaixão:
inflexível, o desejo da artista opera outra metamorfose, a que miracula os retratos já personalisadores em sua história da humanidade desertada. As sobreposições fotográficas dos retratos desmancham a forma exata, diluindo a fluidez os fechamentos: a morte como enquadramento é apagada pela desde limitação, vida. Há a ação taumatúrgica que dissolve limites, de onde, aliás, as aguadas do vídeo e das fotos, mas também há a que não é só os apaga, como também expõe os retratos ao vento, à água, à Terra, às plantas:
os retratos revivem na natureza, que abre o individual à potências integradas.
(...)
Por isso, o rigor no trabalho das imagens e na contemplação da natureza nunca reverte em virtuosismo, pois esta estética não suporta complacências.
Fugindo, no outro extremo, de objetivismo que instrumentalize a arte, Luise Weiss defende a gravidade de uma invenção em que o contingente aparece vencido pelo necessário.
Texto de Evandro Jardim
Luise Weiss. Do horizonte largo da memória e do indagar constante com interlocutores aparentemente silenciosos emergem essas figuras essenciais.
Matéria prima de seus desenhos e gravuras e de uma plástica que também serve às expressões da subjetividade.
Serenidade afetiva e ímpeto permeiam essa experiência viva com todo o tempo que passa dos fatos e suas histórias ao objeto estético deles conseqüentemente pelas imposições do gesto, pela densidade da trama e nas iluminações pela cor.
Um elo se estabelece entre esse fazer material pleno pela intuição e uma consideração à natureza íntima de todas as coisas. Arte e vida, luz e sombra, penumbra, deslumbramento, retrato.
Texto de Berta Waldman
Poder-se-ia dizer que a obra aqui apresentada de Luise Weiss se situa na tensão entre o provisório e o permanente. De um lado, imagens que partem de fotografias antigas, muitas vezes familiares, buscam alcançar algo que percute do passado para o presente à maneira de um palimpsesto e trazem à tona figuras que, na gravura, se velam e desvelam como sombras entre os veios da madeira, insistindo em permanecer na pintura como uma irrupção perturbadora e fantasmática.
Contradizendo a primeira direção, o provisório palpita em iluminações súbitas em movimento que brotam a partir dos vídeos familiares também antigos. Uma cena de casamento, um homem nadando, um encontro, meninas que caminham, a mulher que gira a cabeça são metonímias que não retomam o todo do qual partiram. Elas passam, se deixam levar pelo tempo, enquanto as primeiras relutam em fixá-lo.
Sobre a artista
Luise Weiss graduou-se em Artes Plásticas na Escola de Comunicações e Artes da USP, onde também concluiu o mestrado e o doutorado. Uma de suas pesquisas resultou na exposição “Saga” apresentada pela Fundação Stickel em dezembro de 2006, além de ter participado de diversas mostras coletivas e individuais trabalhando com gravura, fotografia, pintura e objetos. Atualmente, Luise Weiss é professora titular de Desenho e Gravura no Instituto de Artes da Unicamp e na Universidade Mackenzie.
Serviço Educativo
Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, Luise Weiss - Passagens e Memórias terá um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações ao público: 3251-5644, r 2112.
Unidos pela origem e destino - começaram suas carreiras pintando as ruas de São Paulo, fazendo graffiti e outras intervenções urbanas, e hoje apresentam seus trabalhos em galerias e museus nacionais e internacionais - um grupo de seis artistas contemporâneos acaba de ser convidado pelo MASP para apresentar, no Museu, suas trajetórias de quase duas décadas de produção artística.
Com seis grandes murais especialmente concebidos e realizados para a mostra do MASP e que serão apagados no final da exposição, Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão ocuparão todo o Hall Cívico e Mezanino do Museu com instalações interativas, telas e fotografias, além de vídeos que mostram suas trajetórias no cenário da arte urbana contemporânea.
De Dentro para Fora/De Fora para Dentro tem curadoria de Mariana Martins, Baixo Ribeiro e Eduardo Saretta e a ambiciosa meta de alcançar 150 mil visitantes entre 20 de novembro e 5 de fevereiro de 2010.
Cada um dos seis artistas traz suas contribuições que, no conjunto, totalizam mais de 100 trabalhos de diversos formatos e mídias, buscando interação entre si e com o espectador, que poderá entrar e passear pelas instalações. Grandes paredes falsas e até mesmo o piso serão usados como base para dar a vida aos murais, instalações, telas e fotografias - a maioria produzidas no próprio MASP nas três semanas que antecedem a abertura ao público, resultando numa mostra exclusiva a partir deste diálogo com o espaço do Museu. De Dentro para Fora/De Fora para Dentro traz também os seis vídeos que narram a trajetória de cada artista, desde seus trabalhos pelas avenidas de São Paulo e do Brasil, passando por obras nas ruas e prédios de cidades da Europa, dos Estados Unidos e do Japão, até a absorção do gênero por grandes galerias de arte nas principais capitais culturais do planeta.
Serviço Educativo
Assim como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição terá um programa educativo elaborado especialmente para atender públicos distintos: visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializada.
Mais informações sobre as atividades do Educativo pelo telefone 3251-5644 (ramal 2112).
Sobre os artistas
Carlos Dias http://choquecultural.com.br/blogs/carlosdias/
Carlos Dias também assina ASA (Ao Seu Alcance), que sintetiza sua principal motivação criativa: o desejo de fazer uma arte ao mesmo tempo profunda e expressiva, que qualquer pessoa possa sentir e não necessariamente entender. O artista nasceu em Porto Alegre, em 1974, e morou muitos anos em São Paulo, onde participou ativamente de manifestações culturais juvenis nos anos oitenta e noventa: skate, punk, hardcore, graffiti, street art etc. Carlos construiu um mundo psicodélico, pop e expressionista, povoado por personagens surreais em cenários caóticos, que o levou a participar de diversas exposições, incluindo a última coletiva em Los Angeles, chamada São Paulo. Carlos é um artista multimídia, que pesquisa suportes incomuns e o desenvolvimento das ferramentas para lidar com eles. Sua principal linguagem é a pintura em proposta estética suja, contemporânea, pop, energética e barulhenta, que impacta pelos sentidos e não pelo intelecto. No seu trabalho a instalação também é destaque. Sua gráfica é marcante e fortemente ligada à pintura gestual. Rabiscos, escorridos, manchas são elementos recorrentes nas suas pinturas, onde vez ou outra surge uma frase ou palavra escrita numa tipografia própria. A cor também é elemento essencial e surge associada à exploração de materiais inusitados, como o flúor, a purpurina ou a tinta metalizada. Os suportes podem variar muito, das telas aos paineis de madeira, passando por qualquer objeto encontrado e que possa ser pintado. É uma expressividade barulhenta, que dialoga abertamente com a música do Againe, Polara, Caxabaxa e outras bandas formadas pelo artista ao logo das últimas décadas. Carlos é músico, compositor, performer e autor de alguns sucessos gravados por bandas pop, como CPM 22 ou Cansei de Ser Sexy.
Daniel Melim http://choquecultural.com.br/blogs/danielmelim/
Daniel Melim nasceu em São Bernardo do Campo, São Paulo, em 1979. Pós graduou-se em Artes Visuais mas foi nas ruas do seu bairro que aprendeu a pintar, fazendo graffiti e intervenções urbanas, quase sempre associadas ao estêncil, técnica de pintura sobre máscaras com imagens vazadas.Trata-se de um pintor formalista, preocupado com a composição, com a distribuição das massas de cores, com a riqueza de texturas e com a impressão do processo em cada trabalho. O imaginário pesquisado por Melim remete ao conforto de figuras retiradas de compêndios de clichês de publicidade antiga e simbolizam o mundo ingenuamente feliz, projetado pela propaganda. O artista transforma os clichês em estêncil e o aplica, às vezes com ironia, às vezes desprezando a qualidade simbólica da imagem, ficando apenas com a textura proporcionada pelas manchas de tinta, muros mal acabados e construções pobres. No caso das intervenções urbanas, as texturas já estão prontas para serem usadas. Pátinas, rabiscos, pinturas descascadas, tudo vai sendo apropriado pelo artista e transformado em composições. A intervenção salta do mural para a instalação, numa ocupação sofisticada do espaço e dos signos urbanos. Daniel Melim teve sua primeira exposição individual na galeria Choque Cultural em 2006 e de lá passou pelo Museu Afro Brasil, representou o Brasil na Bienal de Valência, participou da coletiva The Cans Festival, promovida pelo artista britânico Banksy, em Londres, além da última SP-Arte. Melim desenvolve o Projeto Limpão, um sitio especifico em proporção gigantesca, em São Bernardo do Campo. Trata-se da ocupação de todo um morro, com pinturas nas fachadas das casas, nos corredores e praças do lugar. As casas do bairro são construídas pelos próprios moradores, num típico exemplo da arquitetura urbana paulista, sem pertencer a um projeto urbanístico coerente. Esse trabalho de fôlego não tem data pra acabar: ele vai sendo construído aos poucos, em parceria com "o pessoal da capoeira", nos fins de semana, com a anuência e admiração da comunidade.
Ramon Martins http://choquecultural.com.br/blogs/ramonmartins/
Nasceu em São Paulo, 1980. Bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard de Minas Gerais, Ramon funde a experimentação do estúdio com a energia da rua. Faz graffiti, performance, instalações, esculturas, sitio especifico e pintura em telas. É nesse ofício, a pintura, que sintetiza seu estilo fluido, cheio de misturas técnicas surpreendentes. Ramon Martins explora a técnica do estêncil, herdada do graffiti, passeia pela tinta acrílica, aquarela e têmpera, com grande repertório pictórico. Sua obra revela sensualidade, um acento pop-psicodélico, com influência de arte africana e indiana. Recentemente, Ramon Martins participou do projeto R.U.A - Reflexo on Urban Art - Lines, Colours and Forms of Brazilian Urban Art, em Rotterdam, ao lado de artistas brasileiros como Onio, Speto e Onesto, onde pintaram grandes murais nas ruas da cidade.
Stephan Doitschinoff http://www.choquecultural.com.br/?area=bio&aid=11.
Stephan Doitschinoff, conhecido como Calma, nasceu em São Paulo, em 1977. É um artista autodidata e sua formação foi muito influenciada pela convivência com os mais diversos tipos de crenças e rituais religiosos. Além de filho de pastor evangélico, neto e bisneto de espíritas, Stephan conviveu no bairro em que passou sua infância e juventude tanto com um com um centro Hare Chrishna como com um terreiro de umbanda. Já adolescente, Stephan envolveu-se com a cultura pop, do skate aos movimentos punk e hardcore de São Paulo. Elaborava capas de discos de bandas e trabalhava como assistente do cenógrafo Zé Carratú, pintando cenários de grandes shows de rock dos anos 1990. Por meio de desenhos, pinturas, murais, esculturas e instalações, Stephan cria um universo de onde emergem inúmeras questões simbólicas e existenciais, como decadência, redenção, culpa, paz, salvação e transcendência. Tudo se conecta numa composição que leva à reflexão sobre o que é considerado arte e o que é considerado sagrado. A partir de 2002, Stephan passa a interagir e intervir na cidade por meio da pintura e da aplicação de pôsteres, adesivos e estênceis. Seu estilo se destaca na cena da nova arte urbana, gerando convites para participar de exposições em diferentes cidades do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa e uma residência artística na Inglaterra. Em 2005, parte para o desenvolvimento de seu mais audacioso projeto artístico: o de pintar uma cidade inteira. Compondo com as histórias, as crenças e a realidade local da cidade de Lençóis (BA) e dos povoados dos arredores, Stephan realizou intervenções na região, onde morou de 2005 a 2008. As fachadas dos casebres, a igreja e até mesmo o cemitério formaram um conjunto pictórico de dimensões grandiosas. Essa grande instalação urbana, que envolveu toda a população da cidade, é um trabalho de fôlego que desenvolve importantes questões sobre as dimensões político-sociais da arte pública. Esse trabalho foi documentado no filme Temporal, produzido pela Movie Art, e em sua monografia Calma. The Art of Stephan Doitschinof, publicada pela editora alemã Gestalten.
Titi Freak http://choquecultural.com.br/blogs/titifreak/
Hamilton Yokota aka Titi Freak nasceu em 1974. É paulista de ascendência nipônica e mistura o espírito espontâneo dos brasileiros à estética disciplinada dos japoneses. Yokota chegou aos estúdios de Maurício de Souza, produtor brasileiro de inúmeros best sellers dos quadrinhos, ainda adolescente. Desde então o senso de estilo, a habilidade como ilustrador e o profissionalismo adquiridos o mantiveram em atividade, trabalhando como designer gráfico e ilustrador. Titi Freak conheceu o graffiti em 1995. Nas ruas de São Paulo, pôde integrar a excelência técnica do seu desenho ao espírito de improvisação que a cidade impõe. A troca foi justa: Titi soltou o traço enquanto o graffiti paulistano ficou mais sofisticado. Titi Freak é um artista que se deixa influenciar pelo imaginário da moda, dos quadrinhos e mangás, da low brow art e da cultura japonesa em geral, mas também presta atenção em Matisse, Picasso e Portinari, alguns de seus ídolos na pintura. Essa mistura de referências, bem contemporânea e pop, confere a sua obra carisma e empatia com o público de várias idades e procedências, ao mesmo tempo em que explora os vários suportes tão díspares quanto os gigantescos murais públicos e os pequenos desenhos em miniatura. Na verdade, o artista aproveita muito bem as diferenças de linguagem, escala e tratamento que imprime às suas obras, na intenção de envolver a audiência e provocar fortes emoções. Depois de três meses no Japão, Titi voltou ao Brasil para a exposição AmorInsistente, na galeria Acervo da Choque. Antes disso, lançou o livre FREAK, pela editora ZY, em que apresenta imagens de sua trajetória artística.
Zezão http://choquecultural.com.br/blogs/zezao/
Zezão é um artista intuitivo e autodidata, tem um trabalho artístico profundo e complexo, com implicações estético-político-sociais. Faz uma arte popular e carismática, vinda da simplicidade com que relaciona o estético e o humano, com força e vibração, manipulando e misturando suportes como instalação, sitio especifico, fotografia, vídeo, performance e pintura. Zezão nasceu em São Paulo, em 1971, de ascendência portuguesa. A adolescência vivida no ambiente do skate, punk e pichação foi marcada pelo trabalho duro. Foi trabalhador rural em Portugal, motorista de caminhão e motoboy em São Paulo. A paisagem urbana, de onde Zezão extrai sua estética, é a de uma São Paulo grande, desleixada com seu espaço público, com seus rios e com o seu lixo. Zezão vai fundo na exploração dessas mazelas e extrai preciosidades simbólicas. Entra na cena, escolhe a locação, se relaciona com o morador da rua. Ele sabe que sua performance precisa agradar aos que ali habitam, pois sua arte é feita para elas, num primeiro momento. Zezão começou a pintar num momento de depressão pessoal e profissional. Saiu das ruas e se enfiou no subsolo dos canais de água pluvial. Foi para um lugar povoado por ratos e baratas e, ali, descobriu os cenários que se tornariam sua marca registrada. Em sua trajetória, Zezão participou de exposições individuais e coletivas, como a Zezão Fotógrafo, na galeria Choque Cultural, São Paulo, na Scion Gallery, em Los Angeles, e Une Estivalle, na LJ Gllery, em Paris, e residiu e participou do evento mundial de graffiti Namefest, em Praga.
Provocação em panorama das cinco décadas de carreira de Vera Chaves Barcellos
Uma das principais artistas brasileiras em atividade, Vera Chaves Barcellos, chega a São Paulo com “Imagens em Migração”, exposição com 96 obras produzidas dos anos 1960 até os dias de hoje. Realizada em parceria entre o MASP e a Fundação Vera Chaves Barcellos – FVCB -, a mostra conta com curadoria da crítica de arte Glória Ferreira e inclui cinco séries do prestigiado conjunto de imagens “Testarte”, que marca a transição da artista do moderno para o pós-moderno, apresentado durante a Bienal de Veneza de 1976, além de um leque de trabalhos e versões que o público nunca viu.
A série completa “On Ice”, registro fotográfico de uma performance em 1978 em um lago gelado de Amsterdã, trabalho conjunto com Flávio Pons e Cláudio Goulart; “Maras”, composta por três imagens e a recente “Meus Pés” são algumas das obras inéditas da mostra. As novidades se juntam a trabalhos já consagrados da artista, entre eles a série “Epidermic Scapes”, elaborada entre 1977 e 1982, na qual apresenta fragmentos do corpo humano como paisagens em reproduções fotográficas de impressões da pele sobre papel vegetal.
Destaca-se também a instalação “Os Nadadores”, de 1998, uma projeção dentro de um aquário, uma conjugação de imagens de diversas origens, inclusive fotocópias, além do vídeo “No a la Guerra”, sobre a guerra do Iraque.
Entre obras gráficas, séries fotográficas, instalações, xilogravuras, objetos, mostra documental e vídeos, “Imagens em Migração” apresenta um conjunto que remete à multiplicidade artística de Vera Chaves Barcellos e sua larga trajetória na difusão de arte contemporânea.
A artista foi um dos fundadores do grupo Nervo Óptico (1976-1978) e do Centro Alternativo de Cultura Espaço N.O, (1979-1982), uma referência para a produção artística no Brasil, além da galeria Obra Aberta (1999-2002) e da Fundação Vera Chaves Barcellos – FVCB - criada em 2003.
Desde 1986 dividindo sua rotina entre Porto Alegre e Barcelona, onde possui ateliê, Vera Chaves participou de exposições significativas em capitais como Londres e Paris, e das Bienais de Veneza, em 1976, Cuba, em 1984 e São Paulo, nas edições de 1967, 1977, 1983 e 89. Há dois anos, sob a tríplice curadoria de Fernando Cochiaralle, Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias realizou uma mostra antológica, O Grão da Imagem no Santander Cultural, em Porto Alegre.
Texto da curadora Glória Ferreira:
Imagens latentes parecem à espreita em cantos e recantos, próximos ou longínquos, do universo, ou em outras imagens, para se tornarem modalidades de presença. Presenças que se contaminam, agregam e dissolvem significações. É no cerne dessa incessante migração, constitutiva da própria imagem, que se inscreve a poética de Vera Chaves Barcellos.
Das suas fotografias à captura de imagens de jornais, de cinema, televisivas ou literárias, o trabalho se constitui por deslocamentos e associações com outros meios, como a gravura, a xerox, o desenho ou outros signos tal como texto, luz, volumes ou elementos orgânicos, buscando tornar visíveis as relações entre imagem e pensamento, entre analogias e abstrações, imagens e espaço.
Imagens em Migração, sem pretensões a mostra retrospectiva, apresenta um panorama de sua produção, abarcando trabalhos de diferentes momentos de sua trajetória, a começar pelo pioneiro enfrentamento com a imagem no início dos anos 1970 com os trabalhos da longa série Testarte. Série, que investiga a própria percepção e, de certa maneira, parece antecipar o necessário potencial crítico face ao temido dilúvio de imagens pré-fabricadas, sejam elas manequins, que nos cercam. Questão que, de diferentes modos, atravessa seus trabalhos como na série Atenção na qual está em jogo, por meio da transcrição parcelada das imagens em desenhos o “processo seletivo do perceber”.
Operando cortes sobre o próprio corte espaciotemporal da fotografia, como em Per(so)nas, de 1980-1982, que nos remete ao hors champs e, assim, à inexorável incompletude das imagens; ou ainda sobre a pose em que nos transformamos quando fotografados, como em Keep Smiling, 1977-1978, ou, entre outros, em Retratos, de 1992-1993, é o próprio dispositivo fotográfico que se apresenta sempre em suspensão, investigado, transgredido.
Nos trabalhos mais recentes, como Os Nadadores, O Peito do Herói, Le Revers du Rêveur, ou ainda, entre outros, Dones de La Vida e Visitant Genet, tramas ficcionais e históricas associam elementos de diversas ordens e origens nas suas ocupações do espaço ambiente.
Seu aprendizado e experiências com a gravura, cujos procedimentos já indicam pesquisas futuras com a fotografia, também estão presentes em Imagens em Migração, bem como um conjunto significativo de documentos sobre a constante participação de Vera Chaves Barcellos na constituição de um campo produtivo para a arte contemporânea no Rio Grande do Sul, com ressonâncias no meio de arte brasileiro ? do Nervo Óptico, nos anos 70, ao Espaço N.O. e à atual Fundação Vera Chaves Barcellos. Práxis inseparável de sua produção artística que se realiza em constante diálogo com a atividade crítica dos artistas brasileiros e internacionais.
Glória Ferreira - Julho de 2009
Em 64 trabalhos sobre papel, 19 fotografias e 11 livros, a exposição Primeiro Expressionismo Alemão: Paula Modersohn-Becker e os Artistas de Worpswede - Desenhos e Gravuras (1895-1906) remonta o diálogo de artistas alemães com a natureza, o homem e as paisagens do isolado vilarejo de Worpswede, na Alemanha. A mostra esteve em mais de vinte países nos últimos dez anos e pode ser vista no MASP de 31 de julho a 5 de outubro. Antes de seguir pela América Latina, passa por Porto Alegre, Curitiba e Brasília.
Um capítulo à parte do modernismo clássico, marcado por uma oposição ao formalismo da virada do século XIX, chega ao MASP no dia 31 de julho com a exposição Primeiro Expressionismo Alemão: Paula Modersohn-Becker e os Artistas de Worpswede - Desenhos e Gravuras (1895-1906). Principal artista da mostra, Modersohn-Becker absorveu influência de artistas como Cézanne, Gauguin e Van Gogh e deixou cerca de 700 pinturas, mais de mil desenhos e 13 gravuras produzidos entre os anos de 1895 a 1905.
Vítima de embolia 18 dias após o parto de sua primeira filha, a artista viveu intensamente seus 31 anos e em pouco mais de uma década de produção artística pontuou a arte expressionista com uma visão mais feminista.
Uma das precursoras dos auto-retratos em nu, Paula não teve reconhecimento de sua obra em vida. Sua obra e a de seus amigos e colegas ganhou corpo no pequeno povoado de Worpswede, próximo à cidade de Bremen, Alemanha, vilarejo símbolo de imagens atmosféricas de paisagens nórdicas e sede da colônia de jovens artistas cujo movimento se afastou dos temas acadêmicos tradicionais da época, levados pelo ideal romântico da natureza.
A cidadezinha era freqüentada e citada também pelo poeta tcheco Rainer Maria Rilke, um dos grandes amigos de Paula, que escreveu para ela, quase um ano após sua morte, o célebre poema Réquiem para uma amiga.
Principal representante do movimento, apesar de seu ingresso posterior à colônia, Paula tomou a via mais radical entre os artistas de Worpswede rumo à era moderna, deixando de representar a aparência exterior para buscar a essência interior das coisas, o que poderá ser visto na mostra. Desenhos de Otto Modersohn e grafismos de Fritz Overbeck, Heinrich Vogeler, Fritz Mackensen e Hans am Ende completam as 94 obras da exposição itinerante do Instituto de Relações Culturais com o Exterior (IFA), de Stuttgart, Alemanha.
Concebida por Wulf Herzogenrath, a mostra itinerou pela China em 2007 e depois do MASP passará por Porto Alegre, Curitiba e Brasília, seguindo depois pela América Latina.
Benedito Calixto, Rampa do Porto do Bispo em Santos, circa 1900
Paul Cézanne, Rochedos em L’Estaque, 1882-85
Após os quatro seminários realizados em 2017, 2019, 2020 e 2021, antecipando o atual ciclo dedicado às Histórias indígenas no MASP, este seminário presencial marca a abertura da exposição coletiva com curadores e artistas envolvidos em sua elaboração. Será, portanto, uma oportunidade única de diálogo com o público sobre os processos que construíram esta mostra e as atividades a ela relacionadas.