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resultado para Renoir

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Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Vênus Vitoriosa (Venus Victrix),

1916

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Vênus Vitoriosa (Venus Victrix)
  • Data da obra:
    1916
  • Técnica:
    Bronze
  • Dimensões:
    180 x 128 x 80 cm
  • Aquisição:
    Doação Maria Helena Morganti, 1951
  • Designação:
    Escultura
  • Número de inventário:
    MASP.00106
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Banhista enxugando o braço direito (grande nu sentado),

1912

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Banhista enxugando o braço direito (grande nu sentado)
  • Data da obra:
    1912
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    93 x 74 x 2,5 cm
  • Aquisição:
    Doação condessa Marina Crespi; dona Sinhá Junqueira; Áurea Modesto Leal; Gervásio Seabra; Geremia Lunardelli; Arthur Bernardes Filho; Mario Rodrigues; Ricardo Seabra; Adriano Seabra; Américo Breia; Manuel Batista da Silva; Osvaldo Riso; Domingos Fernandes; Walther Moreira Salles, Hélène Moreira Salles; Simone Pilon Manhães Barreto; Jacques Pilon; J. Silvério de Souza Guise, Ricardo Fasanello; Pedro Luís Correa e Castro; Sotto Maior & Cia.; Moinhos Santista S.A.; Brasital S.A.; Companhia Antarctica Paulista S.A.; Indústrias Klabin do Paraná S.A.; Indústrias Químicas e Farmacêuticas Schering; Marwin S.A., 1948
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00102
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Banhista enxugando a perna direita,

Circa 1910

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Banhista enxugando a perna direita
  • Data da obra:
    Circa 1910
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    84 x 65 x 20,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Geremia Lunardelli; Silvério Ceglia; Severino Pereira da Silva; Companhia Carioca Industrial; Jockey Club de São Paulo, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00101
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Retrato de Claude Renoir,

Circa 1908

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Retrato de Claude Renoir
  • Data da obra:
    Circa 1908
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    56 x 47 x 2 cm
  • Aquisição:
    Doação Família Jafet, 1950
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00105
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Quatro cabeças (Jean Renoir),

1905-06

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Quatro cabeças (Jean Renoir)
  • Data da obra:
    1905-06
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    32,5 x 27 x 1,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Lourdes Prado, 1950
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00103
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Retrato de Coco (Claude Renoir),

1903-04

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Retrato de Coco (Claude Renoir)
  • Data da obra:
    1903-04
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    28,5 x 24 x 2 cm
  • Aquisição:
    Doação Guilherme, Maria e Joaquim da Silveira, 1950
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00104
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Menina com as espigas,

1888

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Menina com as espigas
  • Data da obra:
    1888
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    65 x 54 x 2,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Santos Vahlis, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00100
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Rosa e azul - As meninas Cahen d'Anvers,

1881

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Rosa e azul - As meninas Cahen d'Anvers
  • Data da obra:
    1881
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    119 x 75,5 cm
  • Aquisição:
    Doação O povo de São Paulo, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00099
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Retrato de Marthe Bérard,

1879

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Retrato de Marthe Bérard
  • Data da obra:
    1879
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    131 x 77 x 3 cm
  • Aquisição:
    Doação Grupo de canadenses, amigos do MASP, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00098
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Retrato da condessa de Pourtalès,

1877

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Retrato da condessa de Pourtalès
  • Data da obra:
    1877
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    95 x 72 cm
  • Aquisição:
    Doação Luiz Morgan Snell, Walter Belian, Hamiton Prado, Companhia Antarctica Paulista S.A., Orozimbo Roxo Loureiro, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00097
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

Dama sorrindo (retrato de Alphonsine Fournaise),

1875

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    Dama sorrindo (retrato de Alphonsine Fournaise)
  • Data da obra:
    1875
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    42 x 34 x 2 cm
  • Aquisição:
    Compra, 1953
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00096
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

A banhista e o cão griffon - Lise à beira do Sena,

1870

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    A banhista e o cão griffon - Lise à beira do Sena
  • Data da obra:
    1870
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    183,5 x 115 x 4 cm
  • Aquisição:
    Doação Mario Simonsen; Leão Gondim de Oliveira; Indústrias Químicas e Farmacêuticas Schering S.A.; Diários Associados de Minas Gerais "O Cruzeiro", 1957
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00095
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Acervos

Pierre-Auguste Renoir

O pintor Le Coeur caçando na floresta de Fontainebleau,

1866

  • Autor:
    Pierre-Auguste Renoir
  • Dados biográficos:
    Limoges, França, 1841-Cagnes-sur-Mer, França ,1919
  • Título:
    O pintor Le Coeur caçando na floresta de Fontainebleau
  • Data da obra:
    1866
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    112 x 90 x 3 cm
  • Aquisição:
    Compra, 1958
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00094
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

Exposições

HISTÓRIAS DA INFÂNCIA

“Cada criança é uma lei em si mesma” —Mario Pedrosa

Histórias da infância reúne múltiplas e diversas representações da infância de diferentes períodos, territórios e escolas, da arte africana e asiática à brasileira, cusquenha e europeia, incluindo arte sacra, barroca, acadêmica, moderna, contemporânea, e a chamada arte popular, bem como desenhos feitos por crianças.

A exposição se insere num projeto do MASP de friccionar diferentes acervos,desrespeitando hierarquias e territórios entre eles. Nesse sentido, Histórias da infância são também histórias descolonizadoras e assumem um sentido político — há um entendimento de que as histórias que podemos contar não são apenas aquelas das classes dominantes ou da cultura europeia e suas convenções visuais. Assim, Histórias da infância integra um programa mais amplo de exposições sobre diferentes histórias (múltiplas, diversas e plurais), para além das narrativas tradicionais — Histórias da loucura e Histórias feministas(iniciadas em 2015), Histórias da sexualidade (em 2017) e Histórias da escravidão (em 2018). São outras histórias, que incluem grupos, vozes e imagens que foram reprimidas ou marginalizadas, nas quais se inserem as crianças e sua maneira de ver o mundo. Aqui, não por acaso, a altura média das obras expostas foi rebaixada em até 30 cm em relação à convenção do eixo de visão do espectador nos museus, buscando uma relação mais próxima do olhar e do corpo da criança.

Histórias da infância se organiza em torno de núcleos temáticos permeáveis. 
No primeiro subsolo, surgem os temas da natividade e maternidade; no primeiro andar, há retratos, representações de família, imagens de educação e de brincadeiras, crianças artistas, crianças anjos e, por fim, a morte. Obras icônicas do MASP — como O escolar, de Van Gogh, Rosa e azul, de Renoir, Retrato de AugusteGabriel Godefroy, de Chardin, eCriança morta, de Portinari — aparecem em novos contextos, transversais e contemporâneos, em justaposição a trabalhos de todas as épocas. A expografia com painéis suspensos, que não formam salas fechadas, permite uma articulação entre os diversos núcleos e trabalhos. A exposição dialoga com Playgrounds 2016, no segundo subsolo e Vão Livre, mediante o jogo, o lúdico e a brincadeira, e com um programa de oficinas de desenho, iniciado em janeiro de 2016 e que se estende até o final da exposição. Durante o processo curatorial, foi desenvolvido também um projeto de mediação experimental elaborando histórias sobre algumas obras do acervo do museu contadas por crianças da Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima e do Colégio São Domingos, com vistas a um futuro audioguia da coleção (os áudios estão disponíveis em bit.ly/maspmuseu). Desse modo, a mostra reconhece e inclui as histórias das próprias crianças: em pé de igualdade com os demais trabalhos, serão expostos desenhos feitos por elas nos anos 1970, anos 2000 e mais recentemente em 2016, todos do acervo do museu. Há muito o que aprender com esses desenhos, essas trocas e essas histórias.

Curadoria: Adriano Pedrosa, Fernando Oliva e Lilia Schwarcz

Exposições

ARTE DA FRANÇA: DE DELACROIX A CÉZANNE

ARTE DA FRANÇA: DE DELACROIX A CÉZANNE

Esta exposição atravessa quase duzentos anos de produção artística na França, dos séculos 18 ao 20, exibindo retratos, paisagens, naturezas-mortas e cenas históricas e do cotidiano, do mais importante acervo do período no Hemisfério Sul. Estão representados artistas de herança neoclássica, como Ingres, e romântica, como Delacroix; além de nomes ligados aos movimentos precursores do modernismo, como o realismo, de Courbet; o impressionismo, de Monet e Degas; o pós-impressionismo, de Cézanne, Van Gogh e Gauguin; o grupo dos Nabis, de Vuillard; e o cubismo, de Picasso e Léger.

Grande parte dessas obras é testemunha das rupturas de natureza política, social e cultural que marcaram a Europa do século 19 e início do 20, quando a arte ganhou outros circuitos de produção e veiculação para além dos salões e encomendas oficiais, como a imprensa e a crítica especializada; os bares onde fervilhava a vida da nova burguesia e intelectualidade; os ateliês e a importância de sua dimensão expandida, especialmente no caso de Picasso; as academias alternativas, como Julian e Suisse, que ofereceram opções à formação mais tradicional da École de Beaux-Arts.

A exposição privilegiou reunir conjuntos completos do acervo, com destaque para Renoir, Toulouse-Lautrec, Modigliani e Manet. Delacroix e Cézanne, juntos no mesmo espaço, na entrada, funcionam como vetores para todo o percurso, uma vez que apontaram, cada um em seu tempo, tanto para o passado quanto para o futuro da história da arte, pontuando transições entre a tradição e o moderno; o antigo e o novo; entre, por exemplo, Ingres e Léger.

Cézanne, que via em Delacroix um mestre e estudava pintura fazendo cópias de suas telas, soube perceber nele qualidades modernistas. Cézanne não só retomou algumas dessas qualidades como emprestou a elas novo significado, caso do encontro entre figura e fundo; do maior protagonismo dado aos elementos do quadro e da pintura, como a pincelada, em detrimento dos temas; e, sobretudo, da maneira como se valeu de um caráter supostamente inacabado de suas pinturas.

Também são exibidos itens do arquivo histórico e fotográfico do MASP, como correspondências sobre doações, aquisições, convites, folhetos de exposições, recortes de jornais, revistas e fotografias que recuperam parte da história das obras e do próprio museu. Apresentados no mesmo plano que as pinturas, apontam para uma redefinição de lugares e hierarquias entre os trabalhos de arte e sua história dentro da instituição, oferecendo um novo estatuto para materiais comumente distantes dos olhos do público.

A disposição dos painéis, dos cabos de aço e das obras, bem como a relação deles entre si e com o espaço, retoma projeto de Lina Bo Bardi, arquiteta do MASP. Em 1950, na antiga sede da rua 7 de Abril, sua expografia já antecipava noções de transparência, leveza e suspensão, sem divisões em salas nem cronologias rígidas. Essas escolhas foram fundamentais e prepararam o terreno para a radical solução das telas dispostas sobre cavaletes de vidro que, ausentes desde 1996, retornarão ao segundo andar do MASP no final deste ano.

--

Curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico; Eugênia Gorini Esmeraldo, coordenadora de intercâmbio; e Fernando Oliva, curador assistente

Exposições

PASSAGENS POR PARIS - ARTE MODERNA NA CAPITAL DO SÉCULO XIX

O título da mostra inspira-se em uma citação de Walter Benjamin em seu ensaio Paris, capital do século XIX. Nele aparece a célebre menção às passagens, galerias comerciais levando de uma rua a outra, cheias de lojas atraentes, cenário singular da vida moderna, parte do mito da Cidade Luz. Os artistas aqui incluídos viveram, produziram, passaram por Paris, cidade criativa antes mesmo que o termo existisse. A exposição interage com A arte do detalhe (e depois, nada), em cartaz desde o inicio de novembro, igualmente patrocinada pelo Banco BTG Pactual.

Nos anos 1920, a expressão Escola de Paris veio a designar a arte imediatamente anterior e aquela logo posterior feita nessa cidade, farol do mundo cultural até que se impusesse outra “Escola”, a de Nova York, com uma arte abstrata em tudo oposta à de Paris que, porém, continuou a fascinar. Àquela época Paris era considerada a capital do mundo e sua força criativa e inspiradora atraía (e ainda hoje atraem) artistas de todas as partes. Suas passagens, galerias comerciais levando de uma rua a outra, cheias de lojas atraentes e cenário singular da vida moderna, eram parte do mito da Cidade Luz.

Passagens por Paris propõe um passeio pela arte moderna, com obras feitas entre 1866 e 1948 por artistas icônicos do período: Manet, Degas, Cézanne, Gauguin, Van Gogh, Matisse, Renoir, Toulouse-Lautrec, Picasso, Modigliani, Portinari, Rego Monteiro... Todos os aqui incluídos viveram, produziram, passaram por Paris. A exposição dá aos visitantes a oportunidade de apreciar algumas das obras mais representativas desse período.

Exposições

OBSESSÕES DA FORMA - ESCULTURAS DA COLEÇÃO MASP

Apresentada pela primeira vez no museu em 2011, a mostra traz como destaque Greta Garbo de Ernesto De Fiori; a Vênus de Pierre Renoir; a Bailarina de 14 anos de Edgar Degas; Os pássaros de Wesley Duke Lee; o Par de guerreiros chineses da Dinastia Tang e o Bicho alado de Emanuel Araújo. 

Obsessões da forma - Esculturas da Coleção MASP
Por Teixeira Coelho, curador do MASP.

A forma é proporcional à obsessão, anotou Alberto Giacometti, um dos grandes da escultura moderna. Qual é a obsessão da forma escultura?

Para Hegel, a escultura era o mais significativo formato da arte – porque melhor  podia representar a forma humana, a única a revelar o espiritual que existe sob o sensual. É preciso lembrar que para Hegel a arte faz proporciona a experiência da liberdade do espírito, a experiência estética da liberdade do espírito. E a escultura grega clássica era a forma de arte, para ele, que melhor oferecia essa experiência com sua representação realista (na verdade idealista) da forma humana.

Mas a escultura não se deteve nessa obsessão. Hegel dizia que a escultura deveria preocupar-se só com a forma, não com o sentimento, que era próprio do drama. Talvez por isso gostasse menos de Michelangelo, que é sentimento puro. E foi exatamente a obsessão com o sentimento que se infiltrou cada vez mais na escultura, como mostra Rodin. Essa era a nova obsessão no século XIX.

Na modernidade outra obsessão entrou em cena: a obsessão com a matéria, de que é exemplo algum Degas ou, em outra chave, as peças de Stockinger e Caciporé. Para Hegel, a escultura de forma humana fornecia a beleza pura. Depois dele, escultores foram buscar a beleza ainda mais pura em formas isentas da aparência humana ou que a lembravam apenas de longe, como nas formas orgânicas de Brunelo e Mário Cravo Jr. Nessa mesma direção, ainda em outro registro, mais abstrato, foram Emanoel Araújo ou Sérvulo Esmeraldo. E mínimo, como em León Ferrari: quanto menos forma e matéria, mais liberdade do espírito.

 (...)

As obsessões são várias e sobrepõem-se num mesmo período de tempo. Algumas se concentram na forma do animal, que Hegel não achava capaz de fornecer a experiência estética por lhe faltar, exatamente, o espírito. E depois a obsessão, como em Calder, foi o movimento. E em seguida, a luz, como em Le Parc.

Aquela pergunta inicial, “Qual é a obsessão da escultura?”, não pode mais ser feita hoje, quando se fala mais no tridimensional. E isso porque a  obra não só não mais representa a mesma coisa de antes como nem utiliza mais o mesmo gesto, aquele de esculpir, o gesto de pôr, de acrescentar matéria à matéria, ou o gesto de tirar, de extrair a forma da matéria e  que Michelangelo considerava o modo sublime da escultura. O artista hoje não  encosta ou quase nem encosta a mão na matéria da obra, como no caso de Alex Flemming. E a peça de Le Parc não é nem escultura, nem tridimensional: é um objeto, como a de César.

Esta mostra sobre a obsessão da forma na escultura assume o modo de um confronto.  Henry Moore, também escultor, repetiu aquilo que a teoria do conhecimento já dizia: “Para conhecer uma coisa, é preciso conhecer seu oposto”. Com esse objetivo esta mostra propõe grupos temáticos que reúnem conflitantes obsessões (ou, mais tradicionalmente, diferentes estilos) capazes de permitir observar melhor como cada artista resolveu seu problema. Os temas (Giacometti os considerava vitais, quer o artista soubesse disso ou não) são os que surgem na coleção MASP: guerreiros, nus, bustos, casais, a dança, os animais, os abstratos. Dispostos de modo a sugerir ao observador uma experiência concreta do espaço, estes grupos condensam parte considerável da história da obsessão humana com a forma no espaço.

Exposições

OBSESSÕES DA FORMA - ESCULTURAS DA COLEÇÃO MASP

Nus, casais, bustos, guerreiros, animais e abstratos são destaques em mostra inédita de esculturas do MASP

Com 50 obras de mestres da arte tridimensional do século 19 aos dias de hoje, além da dupla de guerreiros chineses em terracota, o MASP abre a programação 2011 no sábado, 19 de fevereiro com uma mostra de seu acervo de tridimensionais, contemplando obras de Renoir, Degas, Brecheret, Felícia Leirner, Calder, Giorgi, Rodin, Ianelli, Duke Lee, Jim Dine e outras dezenas de artistas reverenciados em todo o mundo. Com curadoria de Teixeira Coelho e Denis Molino, esta primeira versão da exposição fica em cartaz até 03 de abril.

Entre os destaques Obsessões da forma- Esculturas da Coleção MASP estão a Greta Garbo de Ernesto De Fiori; a Vênus de Pierre Renoir; a Bailarina de 14 anos de Edgar Degas; Os pássaros de Wesley Duke Lee; o Par de guerreiros chineses da Dinastia Tang e o Bicho alado de Emanuel Araújo.

Obsessões da forma - Esculturas da Coleção MASP

Por Teixeira Coelho, curador

A forma é proporcional à obsessão, anotou Alberto Giacometti, um dos grandes da escultura moderna. Qual é a obsessão da forma escultura?

Para Hegel, a escultura era o mais significativo formato da arte – porque melhor podia representar a forma humana, a única a revelar o espiritual que existe sob o sensual. É preciso lembrar que para Hegel a arte faz proporciona a experiência da liberdade do espírito, a experiência estética da liberdade do espírito. E a escultura grega clássica era a forma de arte, para ele, que melhor oferecia essa experiência com sua representação realista (na verdade idealista) da forma humana.

Mas a escultura não se deteve nessa obsessão. Hegel dizia que a escultura deveria preocupar-se só com a forma, não com o sentimento, que era próprio do drama. Talvez por isso gostasse menos de Michelangelo, que é sentimento puro. E foi exatamente a obsessão com o sentimento que se infiltrou cada vez mais na escultura, como mostra Rodin. Essa era a nova obsessão no século XIX.

Na modernidade outra obsessão entrou em cena: a obsessão com a matéria, de que é exemplo algum Degas ou, em outra chave, as peças de Stockinger e Caciporé. Para Hegel, a escultura de forma humana fornecia a beleza pura. Depois dele, escultores foram buscar a beleza ainda mais pura em formas isentas da aparência humana ou que a lembravam apenas de longe, como nas formas orgânicas de Brunelo e Mário Cravo Jr. Nessa mesma direção, ainda em outro registro, mais abstrato, foram Emanoel Araújo ou Sérvulo Esmeraldo. E mínimo, como em León Ferrari: quanto menos forma e matéria, mais liberdade do espírito.

(...)

As obsessões são várias e sobrepõem-se num mesmo período de tempo. Algumas se concentram na forma do animal, que Hegel não achava capaz de fornecer a experiência estética por lhe faltar, exatamente, o espírito. E depois a obsessão, como em Calder, foi o movimento. E em seguida, a luz, como em Le Parc.

Aquela pergunta inicial, “Qual é a obsessão da escultura?”, não pode mais ser feita hoje, quando se fala mais no tridimensional. E isso porque a obra não só não mais representa a mesma coisa de antes como nem utiliza mais o mesmo gesto, aquele de esculpir, o gesto de pôr, de acrescentar matéria à matéria, ou o gesto de tirar, de extrair a forma da matéria e que Michelangelo considerava o modo sublime da escultura. O artista hoje não encosta ou quase nem encosta a mão na matéria da obra, como no caso de Alex Flemming. E a peça de Le Parc não é nem escultura, nem tridimensional: é um objeto, como a de César.

Esta mostra sobre a obsessão da forma na escultura assume o modo de um confronto. Henry Moore, também escultor, repetiu aquilo que a teoria do conhecimento já dizia: “Para conhecer uma coisa, é preciso conhecer seu oposto”. Com esse objetivo esta mostra propõe grupos temáticos que reúnem conflitantes obsessões (ou, mais tradicionalmente, diferentes estilos) capazes de permitir observar melhor como cada artista resolveu seu problema. Os temas (Giacometti os considerava vitais, quer o artista soubesse disso ou não) são os que surgem na coleção MASP: guerreiros, nus, bustos, casais, a dança, os animais, os abstratos. Dispostos de modo a sugerir ao observador uma experiência concreta do espaço, estes grupos condensam parte considerável da história da obsessão humana com a forma no espaço.

Exposições

ROMANTISMO: A ARTE DO ENTUSIASMO

A Natureza, o Corpo, as Paixões, a Paisagem Urbana, o Imaginário. Estes e outros temas caros ao pensamento contemporâneo norteiam Romantismo – A arte do entusiasmo, exposição que o curador Teixeira Coelho concebeu a partir do acervo do MASP para o ano de 2010. Ao todo, 79 obras-primas foram escolhidas e, divididas em nove seções, serão apresentadas ao público num painel que reúne alguns dos maiores gênios da pintura do final do século 15 aos dias de hoje.
A mostra conta com o patrocínio do Banco PSA Finance Brasil e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Para o filósofo britânico Isaiah Berlin, “o Romantismo foi a maior mudança no pensamento ocidental em todos os tempos”, aponta Teixeira Coelho. “Foi uma gigantesca e radical transformação. Mais do que uma transformação, uma revolução. Revolução contra o quê? Contra tudo. Contra as ideias eternas e universais, contra o passado e contra o futuro", complementa o curador, que foi buscar no acervo do MASP as obras que ajudam a traduzir, em momentos diversos da história da arte desde o final do século 15, os preceitos que viriam a compor o ideário romântico que move a sociedade desde então.

Ao todo, 63 artistas estão na mostra, entre eles El Greco, Bosch, Turner, impressionistas como Gauguin, Van Gogh, Renoir, Monet e Manet e modernos e contemporâneos como Dali, Rodin, Matisse, Amélia Toledo, León Ferrari e Marcelo Grassmann. Neste link, veja a relação de artistas e obras em nove grupos propostos pela curadoria, integrada também pelo curador adjunto Denis Molino.


Serviço Educativo

Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição Romantismo – A Arte do Entusiasmo tem um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados. Informações: 3251 5644, r 2112

Exposições

ARTE NA FRANÇA 1860-1960: O REALISMO

Com esta exposição que reúne mais de cem obras produzidas sob influência do realismo francês, o MASP será sede da significativa exposição de arte do calendário de comemorações do “Ano da França no Brasil”.

Com patrocínio do Carrefour Soluções Financeiras, a mostra Arte na França 1860-1960: O Realismo traz mais de cem obras-primas vindas da Coleção Berardo (Lisboa), de museus franceses, como Musée D’Orsay, Centre Pompidou, Musée de L’Orangerie, Fonds National D’Art Contemporain, Musée D’Art Moderne de la Ville de Paris, e de outras coleções como Museu Nacional de Belas Artes do Rio e Museu Lasar Segall, além de 50 obras do próprio acervo do MASP. A exposição faz um percurso por um século de arte produzida na França e levanta as questões das diversas e contraditórias manifestações do Realismo.

A exposição cobre o período em que o realismo se afirma na arte francesa, e passa a influenciar o panorama cultural internacional, até o momento em que a arte feita nos EUA ascendeu ao primeiro posto. E traz obras de artistas franceses e estrangeiros que produziram na França ou que por lá passaram, como Picasso, Dali, Vieira da Silva e Miró. Estão incluídos trabalhos dos diversos movimentos e escolas, abordadas sob a perspectiva do Realismo - seus pontos de partida, suas versões e propostas.
Nestes cem anos é possível perceber traços sucessivos de percepção do real: o tema desta exposição é a história desta interpretação, desta desfiguração e reconfiguração. No conjunto estarão inseridas obras de Courbet, Miró, Dalí, Douanier Rousseau, Monet, Picasso, Manet, Van Gogh, Degas, Renoir e Cézanne, entre outros, além de outras obras de brasileiros produzidas na França, como as de Cândido Portinari, Almeida Junior, Iberê Camargo, Lasar Segall e Guignard.

A curadoria é do francês Eric Corne, curador independente que já trabalhou para importantes museus do mundo, como o Instituto Valenciano de Arte Moderna e Museu Berardo, entre outros. Serão abordadas estilos compreendidos nos cem anos cobertos pela exposição e que se encerram com as manifestações da nova figuração narrativa no começo da segunda metade do século XX - passando pelo impressionismo, naturalismo, expressionismo, cubismo, surrealismo, dadaísmo e neo-realismo.

Exposições

TOULOUSE-LAUTREC - O ARTISTA DO INSTANTE

Os temas pelos quais Toulouse-Lautrec tornou-se conhecido não foram a graça e o encanto de Renoir, nem a dureza da paisagem, como em Cézanne, ou uma certa metafísica da tinta, própria de Van Gogh, mas os efeitos de superfície dos cafés e cabarés - a vida trepidante em oposição à ida tranqüila - que construíram parte da identidade atribuída a Paris.

Sua ligação com os novos tempos foi ampla: em 1890 desenhou seu primeiro cartaz (affiche) para anunciar a abertura do Moulin Rouge. Esse cartaz inundou os muros e paredes de Paris tornando conhecido o nome do artista e dando consistência a essa nova mídia que se alçava à categoria de arte, símbolo tanto do fim de século como de uma nova época.

Seu traço, próximo por vezes da caricatura de jornal (no que era outra vez bem moderno), compunha cenas que se aproximavam da estética da fotografia, mídia nascida com a época. O resultado é essa sensação de instantâneo dada pelo retrato de Monsieur Fourcade. O lado maldito do artista ficava com sua predileção pelas cenas de bordel, provocativas, e pela figura das mulheres da noite, entre elas as artistas de cabaré como Loïe Fuller, do esplêndido guache em exposição, e a exuberante, artista com luvas verdes, aqui também incluída.

Sua poética comportava movimentos antagônicos, indo da suave ironia com que via alguns personagens à beleza leve e plenamente impressionista do retrato de sua mãe, a condessa de Toulouse-Lautrec, vista de perfil num jardim florido. Ela está ali tão sozinha quanto à prostituta no emblemático divã vermelho; mas são duas solidões diferentes, no conteúdo como na forma. Não menos atraente, e surpreendente, é a imagem do cachorro com fita azul, que se diz um esboço mas que, vista com olhos de hoje, seria com tranqüilidade assinada por um artista pós-moderno.

Várias destas obras partem em breve para uma longa viagem ao Japão, de onde retornam apenas no início de 2008. E com exceção de Paul Viaud e do Divã, as demais há tempos não compareciam a esta sala. Mais uma razão para re-visitar, ou ver pela primeira vez, este artista que foi um dos ícones da modernidade nascente.

Diálogo no acervo

6.3.2018
Ter
16H

Henri de Toulouse-Lautrec, A condessa Adèle de Toulouse-Lautrec, 1880 - 1882

Pierre-Auguste Renoir, Menina com as espigas, 1888

Diálogo no acervo

15.1
ter
16h

Pierre-Auguste Renoir, A banhista e o cão griffon, 1870
Victor Meirelles, Moema, 1866
Guerrilla Girls, As mulheres precisam estar nuas para entrar no MASP?, 2017

Diálogo no acervo

5.2
ter
16h

Pierre-Auguste Renoir, A banhista e o cão griffon, 1870 
Victor Meirelles, Moema, 1866 
Guerrilla Girls, As mulheres precisam estar nuas para entrar no MASP?, 2017

Diálogo no acervo

10.12.2019
16h

Bárbara Wagner, Sem título, da Série Brasília Teimosa, 2005
Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul - As meninas Cahen d'Anvers, 1881

Diálogo no acervo

14.3.2023

Para a segunda edição de 2023, o MASP propõe uma conversa sobre o trabalho de Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul - As meninas Cahen d´Anvers, de 1881, com o de Flávio Cerqueira, Amnésia, de 2015.

Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.

Imagem: Flávio Cerqueira, Amnésia, 2015. Doação do artista, no contexto da exposição Histórias afro-atlânticas, 2018. Foto: MASP

Diálogo no acervo

28.11.2023



Para a edição do dia 28 de novembro, propomos uma conversa sobre duas obras, uma de Édouard Manet, Banhistas no Sena - Academia, de 1874-76, e outra de Pierre-Auguste Renoir, Vênus vitoriosa, de 1916. 

Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.

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Créditos da imagem
Édouard Manet, Banhistas no Sena – Academia, 1874-76. Doação: Arthur Lundgreen, 1952. Foto: João Musa

Eventos

OSESP MASP - AS CORES DA JUVENTUDE

  • Período:
    27.10.2015 Ter

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