O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, a partir de 11 de abril, a exposição Hulda Guzmán: frutas milagrosas, primeira mostra individual da artista dominicana Hulda Guzmán (Santo Domingo, República Dominicana, 1984) em um museu.
Em suas telas, a artista subverte a tradição da pintura de paisagem ao negar sua representação exótica e idílica, escolhendo, ao contrário, tratar a natureza como um território protagonista no qual todos os elementos encontram-se em relações de interdependência. Relações de afeto e os arredores do lugar onde vive são temas recorrentes em suas telas, em que cenários tropicais e fantásticos são habitados por um elenco diverso de personagens — reais ou imaginários. Suas obras mantêm um caráter biográfico, impregnado de humor e de um apelo onírico ou teatral.
No trabalho de Guzmán, cenas nas quais humanidade, arquitetura e natureza convivem em equilíbrio e harmonia celebram o meio ambiente ao mesmo tempo que nos convidam a refletir sobre questões urgentes, como a crise climática e a responsabilidade humana na preservação do planeta. “Esta exposição aborda a interconexão do mundo natural com a vida coletiva e o senso de comunidade. Nossa dissociação da natureza é a principal causa do colapso climático e ecológico", diz a artista.
Com curadoria de Amanda Carneiro, curadora, MASP, a mostra tem como ponto de partida a tela Come Dance—Asked Nature Kindly [Venha dançar—convidou a natureza gentilmente], incorporada ao acervo do MASP em 2020, no contexto do ciclo curatorial dedicado às Histórias da dança. A pintura retrata uma grande festa em meio a uma densa e vibrante floresta tropical, na qual figuras humanas interagem de diversas formas: a artista abraça uma árvore, uma criança repousa ao lado de um cachorro, pessoas dançam, se banham e se beijam. O título da obra reforça a reciprocidade, pois a dança não se limita à alegria do movimento, é também uma coreografia de interdependência, um gesto que evidencia que a vida na Terra não pode prosperar no isolamento ou na dominação. Além deste trabalho, a exposição também apresenta outras 17 pinturas, entre as quais 8 são obras inéditas confeccionadas especialmente para a ocasião.
Afora as paisagens tropicais, a artista também produz autorretratos, estabelecendo um diálogo direto com os ambientes ao seu redor. Embora esse caráter autobiográfico seja muito presente em seu trabalho, suas telas também incorporam um amplo repertório de referências da história da arte, como a arquitetura e o mobiliário modernista, o surrealismo, o minimalismo na pintura chinesa antiga e os ex-votos mexicanos.
“O trabalho de Guzmán é muitas vezes uma combinação de observação direta e colagem de figuras e personagens, compondo cenas que transitam entre o íntimo e o inesperado. Em seus quadros, familiares, amigos e animais dividem espaço com personagens que ela garimpa em fontes diversas, como pinturas de diferentes autorias, fotos ou vídeos encontrados em redes sociais”, afirma Amanda Carneiro.
Ricas em detalhes, texturas e cores, as pinturas de Guzmán convidam o público a uma observação atenta, revelando múltiplas camadas visuais e narrativas. A paisagem, protagonista monumental de sua obra, abriga cenas de interações entre diversos personagens ligadas aos prazeres, à sociabilidade e à alegria, evidenciando a indissociabilidade entre vida humana e natureza. Assim, o ambiente natural emerge simultaneamente como cena e cenário, ampliando as possibilidades de leitura desse gênero da pintura na contemporaneidade.
Hulda Guzmán: frutas milagrosas integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da ecologia. A programação do ano também inclui mostras de Mulheres Atingidas por Barragens, Claude Monet, Frans Krajcberg, Clarissa Tossin, Abel Rodríguez, Minerva Cuevas e a grande coletiva Histórias da ecologia.
SOBRE A ARTISTA
Hulda Guzmán (Santo Domingo, República Dominicana, 1984) estudou belas artes e ilustração na Escuela de Diseño Altos de Chavón, na República Dominicana, e concluiu o bacharelado em artes visuais na Escuela Nacional de Artes Plásticas, na Cidade do México. Já expôs em instituições como Fine Arts Center at Colorado College (Colorado Springs), Denver Art Museum, Art Museum of the Americas (Washington, D.C.), Museo de Arte y Diseño Contemporáneo (San José, Costa Rica), Museo de Arte Moderno (Santo Domingo) e Pérez Art Museum (Miami). Em 2019, integrou o pavilhão da República Dominicana na 58ª Bienal de Veneza.
ACESSIBILIDADE
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil – com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral.
CATÁLOGO
Por ocasião da mostra, será publicado um catálogo bilíngue, em inglês e português, reunindo imagens e ensaios comissionados que abordam a trajetória de Hulda Guzmán, resultando na primeira grande publicação sobre sua obra. O livro tem organização editorial de Amanda Carneiro, curadora, MASP, e textos de Carneiro, Tobias Ostrander e Elena González. A edição apresenta mais de 100 imagens, com ampliações que ressaltam tanto detalhes da obra da artista quanto ilustrativas de referências.
REALIZAÇÃO E APOIO
Hulda Guzmán: frutas milagrosas é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, PROAC ICMS e tem apoio de Lefosse.
SERVIÇO
Hulda Guzmán: frutas milagrosas
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP
11.4 — 24.8.2025
1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP 01310-200
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)
Site oficial
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ASSESSORIA DE IMPRENSA
A instalação interativa Iván Argote: O Outro, Eu e os Outros ocupa o vão livre do MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand a partir de 10 de abril. Esta é a primeira exposição realizada pelo museu no vão livre após a concessão do espaço para o MASP.
O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, a partir de 11 de abril, a exposição Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos, que reúne 34 arpilleras produzidas pelo Coletivo Nacional de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). As peças foram confeccionadas coletivamente por mulheres de todo o Brasil, em rodas de bordado organizadas pelo coletivo, como expressão de suas vivências e lutas diante dos impactos sociais e ambientais causados pela construção, operação e pelo rompimento de barragens.
As arpilleras, peças têxteis que se tornaram símbolo da memória e da luta por direitos humanos, são composições de retalhos de tecido bordado sobre juta. A técnica surgiu no Chile nos anos 1960 e, durante a ditadura de Augusto Pinochet, tornou-se uma expressão cultural e política de protagonismo feminino. Criadas principalmente por mulheres — muitas delas mães, esposas e familiares de presos políticos e desaparecidos —, essas obras retratam cenas do cotidiano, da repressão e da luta por direitos. O Coletivo Nacional de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) passou a utilizar a técnica em 2013 para abordar temas como a violência doméstica, a ruptura de vínculos entre a terra e a comunidade, a violência contra crianças e adolescentes, a falta de acesso à água potável e à energia elétrica, e os impactos das barragens e da poluição de rios na pesca e na subsistência das famílias, entre outras violações aos direitos humanos e ambientais.
Com curadoria de Glaucea Helena de Britto, curadora assistente, MASP, e Isabella Rjeille, curadora, MASP, esta exposição reúne arpilleras de diferentes regiões do Brasil, produzidas entre 2014 e 2024. Organizadas cronologicamente, essas peças contemplam uma grande diversidade de técnicas e temas. Cada arpillera é contextualizada por uma carta escrita pelas autoras, guardada em um bolso no verso de cada peça, evidenciando o caráter coletivo e de organização popular do processo de realização de cada peça. Na mostra, o público terá acesso à seleção de 6 cartas manuscritas.
“Para muitas pessoas, a arpillera pode parecer apenas uma obra de arte para pendurar na parede. Para nós, o significado político desse testemunho têxtil está na organização das mulheres, na luta pelos seus direitos e na proposição política — dos sonhos, das utopias, daquilo que almejamos. É denúncia, mas também é um projeto de esperança”, diz Daiane Höhn, militante do MAB.
Sobre a organização das mulheres no MAB
O Coletivo Nacional de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um núcleo dentro do movimento que articula a luta das mulheres atingidas em todo o país, fortalecendo sua participação política e promovendo ações de denúncia e resistência. Desde sua criação, tem ampliado a presença feminina nos espaços de decisão e consolidado estratégias para garantir direitos e enfrentar as violações causadas pela construção, operação e pelo rompimento de barragens. No último período, as atingidas também têm promovido debates e fortalecido a organização com mulheres impactadas por desastres climáticos, que, de forma semelhante, geram desestruturação comunitária e familiar, com impactos específicos na vida das mulheres e violações de direitos das famílias.
Desde 2013, as mulheres do MAB organizam oficinas nas quais, por meio do bordado, constroem narrativas visuais que denunciam injustiças socioambientais, registram memórias e reforçam redes de apoio. As arpilleras tornaram-se um símbolo da resistência das mulheres atingidas.
Durante a exposição, o movimento promove duas oficinas de arpilleras abertas ao público. A primeira é no sábado, 12.04, das 10h30 às 13h30, e a segunda é no domingo, 27.04, também das 10h30 às 13h30.
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da ecologia. A programação do ano também inclui mostras de Abel Rodríguez, Clarissa Tossin, Claude Monet, Emilija Škarnulytė, Frans Krajcberg, Hulda Guzmán, Inuk Silis Høegh, Janaina Wagner, Maya Watanabe, Minerva Cuevas, Tania Ximena, Vídeo nas Aldeias e a grande coletiva Histórias da ecologia.
ACESSIBILIDADE
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil – com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral.
CATÁLOGO
Na ocasião da mostra, será publicado um catálogo bilíngue, em inglês e português, composto por imagens e ensaios comissionados de autores fundamentais para o estudo da obra e luta do MAB. A publicação tem organização de Isabella Rjeille, curadora, MASP, e Glaucea Helena de Britto, curadora assistente, MASP, e textos de Roberta Bacic, Monise Vieira Busquets e Carolina Caycedo, além de uma entrevista com Daiane Höhn, Esther Vital e Louise Löbler. O catálogo conta com a reprodução de 47 arpilleras produzidas pelo coletivo, além de textos que contextualizam cada peça.
REALIZAÇÃO E APOIO
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e PROAC ICMS.
SERVIÇO
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos
Curadoria: Glaucea Helena de Britto, curadora assistente, MASP, e Isabella Rjeille, curadora, MASP.
11.4 — 3.8.2025
Mezanino, 1º subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP 01310-200
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)
Programação de oficinas gratuitas
12.04, Sábado, 10h30 às 13h30 – Oficina Bordando direitos, com Caroline Mota Laino e Daiane Carlos Höhn, ativistas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
27.04, Domingo, 10h30 às 13h30 – Oficina Bordando direitos
Inscrições on-line: https://masp.org.br/oficinas
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ASSESSORIA DE IMPRENSA
O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 28 de março a 3 de agosto de 2025, a exposição Cinco ensaios sobre o MASP — Isaac Julien: Lina Bo Bardi — um maravilhoso emaranhado. Inédita no Brasil, a videoinstalação sobre o legado de Lina Bo Bardi (1914–1992) ocupa o segundo andar do Edifício Pietro Maria Bardi. Na obra, as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretam os escritos de Lina, dando voz às suas ideias sobre o potencial social e cultural da arte e da arquitetura, especialmente a partir de sua experiência com a cultura afro-brasileira na Bahia.
Catherine Opie (Sandusky, Ohio, 1961) é uma das principais artistas da fotografia contemporânea internacional, e esta é sua primeira exposição individual no Brasil. Desde o final da década de 1980, Opie vem trabalhando com fotografia colorida e em preto e branco, e o retrato é um de seus gêneros prevalentes — embora também tenha trabalhado com fotografia de arquitetura e de paisagem, entre outras. De fato, desde a faculdade, ela vem realizando retratos da comunidade queer, da qual faz parte. Assim, num ano dedicado às narrativas, personagens e temas LGBTQIA+ no MASP, esta mostra propõe reunir retratos dessa coletividade feitos por Opie ao longo das décadas.
O MASP apresenta a Sala de vídeo: Cecilia Vicuña, que exibe o vídeo Quipu Mapocho (2017). Com curadoria de Kássia Borges, curadora-adjunta de arte indígena, MASP, a obra registra uma série de performances da artista ao longo do rio Mapocho, no Chile, que trazem perspectivas sobre a vida, a morte, a cultura, a memória e a história deste território.
Cecília Vicuña Ramírez (Santiago, Chile, 1948) é uma poeta, cineasta, ativista e artista visual chilena radicada em Nova York. Em sua produção, trilha pelo caminho do ecofeminismo e trata das políticas de destruição ecológica, homogeneização cultural e disparidade econômica. Por meio da linguagem escrita, de instalações e vídeos, sua arte perpassa várias dimensões que envolvem a terra. Ao articular poesia, vídeo, pintura e ritual, a artista resgata conhecimentos indígenas sobre o poder das mulheres e os saberes dos seres da floresta.
O vídeo Quipu Mapocho é um recorte de seu trabalho no rio Mapocho, no Chile. Com 110 km de comprimento, o rio nasce na cidade de Lo Barnechea, passa pelas cidades de Província, Santiago e Maipú, e encontra-se com o Rio Maipo que desemboca no Oceano Pacífico, próximo à cidade costeira de Llolleo. Ao mergulhar nas múltiplas camadas de sentido que perpassam esse rio, a artista o descreve como um rio de morte, já que, além de estar atualmente contaminado com esgotos e resíduos químicos, foi um local onde a ditadura chilena despejou os corpos de pessoas torturadas e mortas.
Vicuña cria tecelagens e nós com lã ao longo do rio, num esforço para curar este sítio das violências ecológica e política e, assim, recuperar o lugar sagrado conferido pela história e cultura indígena. “Os sons e as imagens trazem um eco de ancestralidade sem querer ser belo, mas estético, no sentido literal da palavra, despertando todos os sentidos do corpo ao assistir ao filme”, reflete Kássia Borges.
Sala de Vídeo: Cecilia Vicuña encerra a programação da Sala de Vídeo de 2023, que tem como temática as Histórias indígenas no MASP e, ao longo do ano, incluiu mostras do Coletivo Bepunu Mebengokré, Sky Hopinka, Brook Andrew, Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua.
SOBRE CECILIA VICUÑA
Cecilia Vicuña nasceu em Santiago do Chile em 1948 e cresceu em La Florida, no vale do Maipo. Em 1966, ingressou na escola de arquitetura da Universidade do Chile, em Santiago, mas, posteriormente, mudou para a escola de Belas Artes. Em 1967, fundou o grupo de artistas e poetas Tribu No e a revista mexicana El Corno Emplumado, em que publicou seu primeiro poema. Recebeu seu MFA da Universidade do Chile, em 1971, e mudou-se para Londres com um British Council Award, em 1972, para frequentar a Slade School of Fine Art. Em 1973, exilou-se em Londres e concentrou-se principalmente no ativismo político, manifestando-se em protestos pacíficos contra o fascismo e as violações dos direitos humanos no Chile e em outros países. É membro fundadora do Artists for Democracy e organizou o Festival de Artes para a Democracia no Chile no Royal College of Art, em 1974. Em 1975, Vicuña deixou Londres e mudou-se para Bogotá, na Colômbia, para realizar pesquisas independentes sobre arte e cultura indígenas. Na década de 80 expôs seu trabalho no MoMA, no Alternative Museum e no Center for Inter American Relations, em Nova York. Mais tarde, Vicuña realizou diversas exposições individuais nos Estados Unidos, como Precarious, na Exit Art, Nova York (1990); El Ande Futuro, no University Art Museum, Berkeley, Califórnia (1992); e Cloud-Net, exposição itinerante no Hallwalls Contemporary Arts Center, Buffalo, NY (1998). Recentemente, a artista expôs no Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile (2023); Tate Modern, Londres, Reino Unido (2022); Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York, EUA (2022); Museo de Arte Miguel Urrutia (MAMU), Bogotá, Colômbia (2022) e na 59ª Bienal de Veneza (2022). Em 2023 a artista recebeu o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Chile.
SERVIÇO
SALA DE VÍDEO: CECILIA VICUÑA
Curadoria de Kássia Borges, curadora-adjunta de arte indígena, MASP
ARTE DA FRANÇA: DE DELACROIX A CÉZANNE
Esta exposição atravessa quase duzentos anos de produção artística na França, dos séculos 18 ao 20, exibindo retratos, paisagens, naturezas-mortas e cenas históricas e do cotidiano, do mais importante acervo do período no Hemisfério Sul. Estão representados artistas de herança neoclássica, como Ingres, e romântica, como Delacroix; além de nomes ligados aos movimentos precursores do modernismo, como o realismo, de Courbet; o impressionismo, de Monet e Degas; o pós-impressionismo, de Cézanne, Van Gogh e Gauguin; o grupo dos Nabis, de Vuillard; e o cubismo, de Picasso e Léger.
Grande parte dessas obras é testemunha das rupturas de natureza política, social e cultural que marcaram a Europa do século 19 e início do 20, quando a arte ganhou outros circuitos de produção e veiculação para além dos salões e encomendas oficiais, como a imprensa e a crítica especializada; os bares onde fervilhava a vida da nova burguesia e intelectualidade; os ateliês e a importância de sua dimensão expandida, especialmente no caso de Picasso; as academias alternativas, como Julian e Suisse, que ofereceram opções à formação mais tradicional da École de Beaux-Arts.
A exposição privilegiou reunir conjuntos completos do acervo, com destaque para Renoir, Toulouse-Lautrec, Modigliani e Manet. Delacroix e Cézanne, juntos no mesmo espaço, na entrada, funcionam como vetores para todo o percurso, uma vez que apontaram, cada um em seu tempo, tanto para o passado quanto para o futuro da história da arte, pontuando transições entre a tradição e o moderno; o antigo e o novo; entre, por exemplo, Ingres e Léger.
Cézanne, que via em Delacroix um mestre e estudava pintura fazendo cópias de suas telas, soube perceber nele qualidades modernistas. Cézanne não só retomou algumas dessas qualidades como emprestou a elas novo significado, caso do encontro entre figura e fundo; do maior protagonismo dado aos elementos do quadro e da pintura, como a pincelada, em detrimento dos temas; e, sobretudo, da maneira como se valeu de um caráter supostamente inacabado de suas pinturas.
Também são exibidos itens do arquivo histórico e fotográfico do MASP, como correspondências sobre doações, aquisições, convites, folhetos de exposições, recortes de jornais, revistas e fotografias que recuperam parte da história das obras e do próprio museu. Apresentados no mesmo plano que as pinturas, apontam para uma redefinição de lugares e hierarquias entre os trabalhos de arte e sua história dentro da instituição, oferecendo um novo estatuto para materiais comumente distantes dos olhos do público.
A disposição dos painéis, dos cabos de aço e das obras, bem como a relação deles entre si e com o espaço, retoma projeto de Lina Bo Bardi, arquiteta do MASP. Em 1950, na antiga sede da rua 7 de Abril, sua expografia já antecipava noções de transparência, leveza e suspensão, sem divisões em salas nem cronologias rígidas. Essas escolhas foram fundamentais e prepararam o terreno para a radical solução das telas dispostas sobre cavaletes de vidro que, ausentes desde 1996, retornarão ao segundo andar do MASP no final deste ano.
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Curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico; Eugênia Gorini Esmeraldo, coordenadora de intercâmbio; e Fernando Oliva, curador assistente
HISTÓRIAS DA LOUCURA – DESENHOS DO JUQUERY
De 12 de junho a 11 de outubro, o MASP apresenta a exposição Histórias da loucura: desenhos do Juquery, inaugurando um novo espaço expositivo no primeiro subsolo do museu. A mostra reúne cerca de 100 desenhos feitos por internos do Hospital Psiquiátrico do Juquery, localizado em Franco da Rocha, São Paulo. As obras eram parte da coleção do Dr. Osório César (1895-1979), fundador e diretor da Escola Livre de Artes Plásticas, que funcionou no hospital entre 1956 e meados da década de 1970.
Médico psiquiatra do Juquery por mais de quatro décadas, Dr. Osório César foi um dos pioneiros no Brasil a pesquisar e a aplicar o uso da arte como recurso terapêutico em pacientes psiquiátricos. Por acreditar tanto na potência artística dos internos quanto nas qualidades estéticas de seus trabalhos, Dr. Osório César, que foi casado com a artista Tarsila do Amaral, promoveu exposições de desenhos e pinturas criados no Juquery. O MASP sediou duas delas: em 1948, um ano após a inauguração do museu, e em 1954. Em 1974, o médico doou sua coleção particular ao MASP, fato que atestava seu desejo de salvaguardá-la como um acervo de arte, ao invés de arquivá-la como parte de seus estudos. Histórias da loucura: desenhos do Juquery retoma o interesse do museu por essa inestimável coleção, possibilitando a recuperação de histórias plurais, que tratam tanto de sua própria história, quanto da produção desses autores que passaram a integrar um importante acervo de arte na condição de artistas.
Além disso, o título da exposição alude diretamente ao livro História da loucura, do filósofo francês Michel Foucault, originalmente publicado em 1961. Nele, Foucault desenvolveu uma genealogia das ideias e práticas referentes à construção e manutenção da noção de loucura na história do Ocidente. Dessa forma, as histórias a que o título da mostra se refere sugerem não apenas aquelas dos artistas da mostra, mas relatos mais amplos, que tratem também de acontecimentos, ideias, formas de arte e narrativas pessoais e ficcionais. São temas que o MASP pretende desenvolver em um projeto maior, denominado Histórias da loucura, do qual os desenhos de Juquery serviriam de capítulo inicial.
Novo espaço expositivo
O projeto expositivo ocupa um novo espaço no primeiro subsolo do MASP, dividido em duas salas. Uma delas é inteiramente dedicada aos 42 desenhos de Albino Braz, artista cujas obras foram exibidas na sessão Imagens do inconsciente, da mostra Brasil 500 anos - artes visuais, em 2000, em São Paulo. A outra sala recebe mais de 50 desenhos dos artistas Pedro Cornas (o estudioso), J. Q., Claudinha D’Onofrio, Pedro dos Reis, Sebastião Faria, A. Donato de Souza, Marianinha Guimarães, Armando Natale, Augustinho, H. Novais.
Desenvolvido pela METRO Arquitetos, o projeto prevê a divisão do espaço, cujas paredes são de vidro, em dois ambientes separados, configurados por um sistema flexível de painéis em estrutura metálica, soltos do chão, o que permitirá outras configurações futuras. No interior dessas salas serão expostas as obras de arte, protegidas da incidência de luz direta. O objetivo é manter a transparência dos espaços do museu, sem comprometer a conservação dos desenhos, naturalmente frágeis, por serem, em sua maioria, de lápis sobre papel.
Complementando a exposição, o MASP lança um catálogo integral, com a reprodução de todos os desenhos apresentados na mostra. Dois ensaios introduzem a publicação: um de autoria de Kaira M. Cabañas, professora visitante do Departamento de Letras da PUC-RJ, e outro concebido pela direção artística do MASP, que assina a curadoria da exposição.
Sobre o Dr. Osório Thaumaturgo César
Nasceu em 17 de novembro de 1895 em João Pessoa e faleceu em 3 de dezembro de 1979 em Franco da Rocha, cidade do Hospital Psiquiátrico do Juquery. Há poucas informações conhecidas a respeito da vida e da família de Osório na Paraíba. Sabe-se apenas que ele se mudou para São Paulo, em 1912, para estudar odontologia. Terminado o curso, ele se matriculou na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1918 e formou-se na de Medicina da Praia Vermelha no Rio de Janeiro em 1925. Em 1923, ingressou como estudante no Hospital Psiquiátrico do Juquery e começou a trabalhar nessa instituição como médico anamotopatologista de 1925 até 1964, quando se aposentou em consequência da pressão militar. Foi casado com a artista Tarsila do Amaral.
Sobre o Juquery
O Hospital Psiquiátrico do Juquery, ora denominado Asilo de Alienados do Juquery, foi inaugurado em 1898. O projeto arquitetônico foi concebido por Ramos de Azevedo e a administração das primeiras décadas do complexo ficou a cargo do médico psiquiatra Francisco Franco da Rocha, que dá nome à cidade-sede do hospital. Atualmente, o Complexo Hospitalar Juquery desenvolve uma política antimanicomial, com atividades ligadas à saúde e ao bem estar da população paulistana.
A bibliografia completa sobre a coleção Osório César pertencente ao acervo MASP pode ser consultada aqui.
A escolha dos locais que compõem a rede segue dois critérios básicos: a qualidade dos espaços na relação entre arquitetura e uso e sua acessibilidade por meio da articulação ao sistema de transporte de massa da cidade. Assim, é possível visitar toda a X Bienal a partir de um conjunto multimodal que tem o metrô como espinha dorsal.
"Esta edição da Bienal de Arquitetura propõe uma discussão de extrema relevância, ao abordar as múltiplas possibilidades de pensar e construir a cidade contemporânea, e nelas registrar o necessário espaço para o fazer cultural". Marcelo Mattos Araujo, Secretário de Estado da Cultura.
“É com grande satisfação que o Centro Cultural São Paulo e o Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes, equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, integram pela primeira vez a Bienal de Arquitetura. Ambos os espaços associam boa qualidade arquitetônica e funcionalidade, características imprescindíveis de um prédio público de caráter cultural. A oportunidade de sediar atividades deste evento nos alegra, sobretudo, pelo tema escolhida para esta edição, que vai ao encontro com o momento que a cidade vivencia atualmente, que é de autocrítica e busca de novas soluções para antigos e também novos problemas cotidianos. Este é o momento oportuno de reflexão sobre os caminhos a percorrer para alcançar a cidade que queremos e nela a cultura deve ter papel estratégico e preponderante “. Juca Ferreira, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo.
“Acolher e potencializar mobilizações para a melhoria da qualidade de vida nas cidades reafirma os compromissos e valores institucionais do Sesc. Ao compartilhar ações e vivências reflexivas e formativas de maneira descentralizada, favorece a efetiva apropriação e protagonismo dos cidadãos em prol da transformação urbana e social”. Miranda também acredita que “para urbanistas, arquitetos e artistas, a questão do pleno direito à cidade deve estar no cotidiano de sua ação, e entendê-la possibilita descortinar uma série de caminhos inspiradores. Ao ocupar diferentes espaços da cidade, esta edição da Bienal, presente em pontos vitais na cena cultural da cidade, multiplica seu conteúdo em um roteiro mais abrangente na cidade”. Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc em São Paulo
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – MODOS DE AGIR
O Centro Cultural São Paulo é a base principal da Rede Bienal, com o conjunto maior de pesquisas e exposições especialmente produzidas para o evento. “Fazer” e “usar” a cidade parecia ser, até pouco tempo atrás, um par dicotômico, que aludia, de um lado, às forças políticas e econômicas que constroem a cidade junto ao desenho do arquiteto e, de outro, ao uso dos espaços urbanos pela população. Hoje, no entanto, está claro que esses polos não se separam, pois usar é fazer e vice-versa, e não daremos conta da complexidade crescente das cidades sem arquitetarmos seus fazeres e usos de maneira dialógica.
Brasil: O Espetáculo do Crescimento
A pesquisa foi realizada a partir de uma viagem às regiões que mais cresceram economicamente nos últimos dez anos, no Norte e Nordeste do país. Esse crescimento foi obtido por meio de atividades econômicas locais (basicamente mineração e agronegócio) e por grandes obras infraestruturais do governo (transposição do Rio São Francisco, usina hidrelétrica de Belo Monte, Mina de Carajás, Ferrovia Transnordestina, Porto de Suape, programa Minha Casa Minha Vida). As cidades visitadas foram: Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, Cabo de Santo Agostinho, Marabá, Parauapebas e Altamira.
Carrópolis
Trata das transformações sofridas pelas cidades – em especial São Paulo – a partir do momento em que o carro se tornou protagonista. Se, no início, o automóvel surgiu como promessa de felicidade, moldando o novo imaginário urbano a partir das experiências de Los Angeles e Las Vegas, ele foi se tornando o grande vilão, criando cicatrizes viárias em meio ao tecido histórico das cidades e puxando seu crescimento horizontal em direção aos subúrbios. Hoje, a consciência sobre o direito à mobilidade como garantia de cidadania pede a revisão urgente do modelo rodoviarista de crescimento urbano, francamente adotado pelas cidades brasileiras.
Detroit: Ponto Morto?
Retrata o declínio da cidade americana de Detroit, que foi sede da indústria automobilística mundial, como símbolo do colapso industrial e fordista. Com a ruína da cidade, proliferam atividades colaborativas ligadas à agricultura de subsistência.
China: O Mundo Renderizado
País que mais cresce dos pontos de vista econômico e urbano, a China apresenta fenômenos intrigantes no cenário atual. De um lado, cidades como Shenzhen, cujos parques temáticos clonam as imagens de vários lugares, e de outro Ordos Kangbashi, construída para 1 milhão de habitantes mas ainda praticamente vazia. Se Detroit é a “cidade fantasma” do passado, Ordos é seu equivalente no futuro.
Densidade
A densidade é um atributo cada vez mais crucial para a sustentabilidade das cidades em um planeta superpovoado. Hoje, em um mundo que se urbaniza de acordo com taxas muito altas, a construção em massa forma e reforma radicalmente as cidades latino-americanas, africanas e, sobretudo, asiáticas.
O Rio do Futuro de Sergio Bernardes
Com um rico material iconográfico, que se relaciona com o Rio de Janeiro de hoje e de amanhã, apresentado na exposição RioNow, recupera o legado visionário do arquiteto carioca, com um projeto urbano abrangente para o Rio de Janeiro, publicado na revista Manchete em 1965.
RioNow
Aborda as transformações urbanas em curso no Rio de Janeiro em função de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Como já ocorreu em cidades como Barcelona e Berlim, esse processo tem mobilizado arquitetos e investidores de várias gerações e latitudes, que apostam em diferentes modelos de parcerias com empresas, instituições e corporações nacionais e transnacionais de poder econômico e político para viabilizar novos projetos e negócios. Mas que opções têm sido apresentadas para o modelo altamente predatório que domina as grandes cidades hoje?
Espaço Público e Ativismo
Recupera e apresenta registros e mídias (fotos, vídeos, cartazes, faixas) resultantes da onda recente de protestos que tomou as ruas de várias cidades do mundo, incluindo material do movimento “Occupy Wall Street”, de Nova York, e das manifestações recentes no Brasil, desencadeadas pelo Movimento Passe Livre. O objetivo é discutir possibilidades concretas para a construção de práticas sociais e projetuais, alinhadas com novas formas de ação política, que encontram no espaço público sua esfera primordial de ação.
Segurança como Direito à Cidade
Aborda a questão da segurança pelo aspecto afirmativo, isto é, pelo uso intenso dos equipamentos e espaços públicos da cidade, por oposição às ideias de proteção, vigilância, encarceramento e exclusão. Serão mostrados exemplos de projetos e obras em Medellín (Colômbia), Cidade do Cabo (África do Sul), Nova Délhi (Índia) e Rio de Janeiro (Brasil).
Adeus, Robin Hood
Foca na demolição do conjunto habitacional Robin Hood Gardens, em Londres, obra emblemática do casal Alison e Peter Smithson, dois dos membros mais ativos do Team X. A recente – e fracassada – campanha internacional pela preservação da obra é contraposta ao ideal que funda o projeto original, fruto de um rico debate crítico sobre arquitetura e cidade no pós-guerra.
Revisitando os Grandes Conjuntos
É uma combinação de projetos habitacionais em Paris, Saint-Nazaire e Bordeaux de autoria de Druot, Lacaton & Vassal e trabalhos fotográficos de Mathieu Pernot, contendo imagens de cartões-postais dos conjuntos residenciais modernos na periferia de Paris e fotos de sua demolição.
O Copan que Não se Vê
O Copan é o edifício mais francamente metropolitano de São Paulo. Nos trabalhos aqui apresentados, uma rede quase invisível de relações humanas e sintáticas desloca a atenção do edifício para seu uso, aludindo a uma quantidade excessiva de elementos e histórias que não cabem nem mesmo em um prédio gigante.
Praça das Artes
Inaugurada três décadas depois do Sesc Pompeia e do Centro Cultural São Paulo, essa obra de escala urbana renova a presença de uma inteligência arquitetônica na construção da cidade de São Paulo, reaproximando de forma aberta e porosa os modos de fazer a cidade aos modos de usá-la.
De que Leis É Feita a Verticalização em São Paulo?
Concebida no contexto dos recentes debates em torno da revisão do Plano Diretor de São Paulo, enfoca a polêmica questão da verticalização. Para regrar a especulação do mercado e garantir o interesse público na construção da cidade, um dos melhores instrumentos que temos são as normas. Mas para que servem as leis? A quem interessa que as normas produzam ou não boas cidades?
The Banality of Good
Apresenta uma série de seis cidades exemplares que foram planejadas nas últimas seis décadas. Os ideais dessas cidades serão apresentados por meio de grandes alegorias em seis trípticos de madeira que representam os sonhos e as realidades das cidades.
Actions: What You Can Do with the City
Pesquisa iniciada pelo Canadian Centre for Architecture em 2007, a exposição – composta de 99 projetos selecionados de cenários urbanos contemporâneos e produzidos por um grupo grande e diverso de ativistas – apresenta ideias influentes e sagazes que revelam abordagens inesperadas sobre o “urbano”.
MASP – MODOS DE ATRAVESSAR
Relaciona a produção de importantes artistas e arquitetos brasileiros na virada dos anos 1960 para os 1970, em torno da promulgação do AI-5. São eles: Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, Lina Bo Bardi, Hélio Oiticica e Cildo Meireles. O tema são os constantes atravessamentos entre as esferas pública e privada no Brasil, na forma de casas pensadas como espaços urbanos e instalações artísticas ambientais em lugar público concebidas para ser usadas de modo subjetivo e doméstico. Os elementos do asfalto e da praia, presentes nos diversos trabalhos, encarnam a imagem metafórica das duas principais áreas coletivas no Brasil: a rua e a praia.
MUSEU DA CASA BRASILEIRA – MODOS DE HABITAR
Instalado no antigo solar da família Silva Prado, o Museu da Casa Brasileira tem realizado exposições sobre diversas tipologias ligadas ao “morar” no Brasil. Reforçando essa vocação da instituição, procuramos situar aqui uma série de experiências ligadas ao programa habitacional, tanto no Brasil quanto no exterior, em um arco temporal que vai dos anos 1970 até hoje.
CASA-BOLA: O PROCESSO
A Casa-Bola é a mais contundente experiência arquitetônica da contracultura no Brasil. A obra foi criada por Eduardo Longo entre 1974 e 1979 como protótipo de uma unidade de habitação industrializada, imaginada como módulo de hipotéticos edifícios de apartamentos.
A cápsula esférica materializou uma mudança radical na carreira do arquiteto: ela é fruto da autocrítica de Longo, que, no rescaldo de maio de 1968, passou a reprovar o modo de vida corrente, levantando bandeiras contra o consumo excessivo e o desperdício de recursos na construção civil – temas atuais não apenas para a arquitetura, mas também para toda a sociedade.
Na ocasião, Longo era um estrelado e criativo projetista, outsider no debate arquitetônico brasileiro. Contudo, sua viagem particular possui paralelos com autores estrangeiros, como Buckminster Fuller, Yona Friedman e os metabolistas japoneses. Após fechar seu escritório, Longo começou a destruir a própria casa-escritório, na Rua Amauri, em São Paulo, alimentado pelo misticismo e pelo uso de drogas.
Em um processo autofágico muito raro no ambiente arquitetônico, ele deglutiu as próprias ruínas de concreto para alimentar a nova fase de sua obra. De forma simbólica, usou a cobertura inclinada de sua antiga casa-escritório como suporte para construir a morada esférica.
Mais do que um projeto acabado ou um exemplo-síntese da rica trajetória de Longo, a casa-bola é um processo, ininterrupto e inacabado, de mais de 40 anos de trabalho. Ali, é possível observar sua investigação em busca de uma visão urbanística e ecológica particular, simultaneamente aos resquícios da primeira parte de sua trajetória, cuja casa-escritório era um exemplar interessante.
Eduardo Longo é apresentado aqui na figura de narrador em primeira pessoa, utilizando sua voz, sua emoção e seu acervo para relatar esse processo em que obra e autor são indissociáveis.
CASA MORIYAMA
A Casa Moriyama é uma experiência radical de explosão das fronteiras entre o público e o privado, ou entre o urbano e o doméstico. Situada em um bairro tradicional de Tóquio, com ruas estreitas e volumetria uniforme, a casa não ocupa o lote de maneira convencional. Pois, ao invés de edificar um bloco sólido sobre o terreno, Ryue Nishizawa explodiu o programa doméstico em um fractal de cubos brancos com alturas variáveis. Assim, para se passar de um bloco ao outro é preciso não apenas enfrentar a intempérie, como também atravessar uma área semipública: pátios e jardins que não se separam fisicamente das calçadas da cidade. E até o sanitário se configura como um pequeno bloco de vidro apenas ligeiramente vedado por uma cortina branca.
Essa disposição fragmentária e celular responde à intenção de criar uma forma mais aberta e flexível de organização da casa, já que o proprietário pode optar por expandir os seus domínios em múltiplos ambientes, ou por dispor de vários deles para o aluguel, criando uma comunidade de vizinhança feita de células individuais.
O olhar da fotógrafa Valentina Tong captou a vida dessa casa em um momento claramente cotidiano, distinto do que normalmente vemos em publicações de arquitetura. Surpreende, aqui, o caráter quase rural dos pátios e jardins, com suas hortas improvisadas, restos de folhas, fios passando de forma desorganizada, e objetos de uso cotidiano abandonados. A sofisticação dos materiais empregados, bem como do mobiliário, contrasta com a terra e o mato, assim como o minimalismo sofisticado do design destoa da improvisação em forma de acúmulo que baliza o uso do espaço: tijolos, blocos e livros empilhados, servindo de apoio para outros objetos.
Em um dos pátios vemos a terra revolvida, com folhas e pás de jardim fincadas em torno de uma mancha mais escura. Será a cova de um cão recém-enterrado? Será a plantação de uma nova árvore? Difícil saber. Na organização ultraexposta e sempre cambiável dessa casa, muitos segredos parecem persistir, atestando o fato de que a privacidade e a publicidade são dimensões que transcendem a forma construída.
MINHA CASA MINHA VIDA
Quando lançado pelo governo federal, em março de 2009, o programa Minha Casa Minha Vida tinha como meta a construção de 1 milhão de unidades habitacionais para famílias com renda de até dez salários mínimos.
Gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, o programa foi apresentado como modelo inédito de política habitacional e justificado com base em dois argumentos: a necessidade de redução do déficit habitacional brasileiro, concentrado nas regiões metropolitanas, e o combate à crise econômica internacional, por meio do estímulo à indústria de construção civil.
As críticas não tardaram. A reedição da ideologia da casa própria, a desconsideração em relação aos avanços na área de habitação social no Brasil, a falta de pensamento urbano, a reprodução da lógica do mercado imobiliário, a ausência de variedade e inventividade espacial, tipológica e construtiva, a ênfase no dimensionamento mínimo e o descompromisso em termos de sustentabilidade social e ambiental foram alguns dos pontos frágeis do programa, levantados por muitos arquitetos e urbanistas.
Outro ponto bastante criticado foi a opção de entregar não só as obras mas também os projetos às construtoras, contratadas diretamente pela Caixa Econômica, em um modelo que envolve parcerias com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos. Excluídos inicialmente do processo, os arquitetos começam a apresentar opções para os conjuntos de péssima qualidade já construídos em várias cidades do Brasil.
O conjunto de propostas aqui reunidas é um instantâneo deste momento. Mais do que um ou outro projeto, mostra a disposição de arquitetos do Brasil e do exterior para lidar com o desafio atual de projetar habitação social de qualidade no país, em diálogo com uma política habitacional e urbana cujos problemas seguem tão crônicos quanto alarmantes.
CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTONIA – MODOS DE SER MODERNO
Propõe um balanço e a revisão do legado moderno no Brasil. Inclui o rico material fotográfico da construção de Brasília selecionado pelos artistas Michael Wesely e Lina Kim. Trata-se do maior e mais importante trabalho de pesquisa e recuperação de imagens de Brasília, exposto pela primeira vez em São Paulo.
ASSOCIAÇÃO PARQUE MINHOCÃO – MODOS DE NEGOCIAR
Traz o registro da história do High Line em Nova York e uma apresentação de projetos artísticos sobre o Minhocão em São Paulo. O apartamento onde está a exposição se localiza em frente ao Minhocão, na mesma altura do elevado. A visita oferece, portanto, atrativos distintos durante a semana, quando a pista é tomada por carros, e aos domingos, quando o elevado se torna um parque de concreto e asfalto a céu aberto.
SESC POMPEIA – MODOS DE COLABORAR
A exposição é composta de uma rede internacional de coletivos de arquitetos, urbanistas e artistas, estúdios de arquitetura e design, escolas e universidades que adotam posturas colaborativas, visando a transformar e melhorar sua cidade. Inclui residências-colaborações em parceria com o Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e o Teatro Oficina, conversas, palestras e oficinas, que acontecem entre setembro e novembro, com o resultado compartilhado no Sesc Pompeia.
PRAÇA VICTOR CIVITA – MODOS DE FLUIR
É um núcleo dedicado aos projetos de infraestrutura urbana que tratam da questão das águas. A relação de uma cidade com seus recursos hídricos é sempre central para seu planejamento, pela proximidade com o mar, por ser cruzada por rios e outros cursos de água ou mesmo pelas mais básicas questões de abastecimento. São apresentadas praças, parques e até cidades inteiras que trazem em seus desenhos um indissociável liame entre desenho urbano, paisagem e infraestrutura.
PROJETO ENCONTROS – METRÔ PARAÍSO – MODOS DE ENCONTRAR
Reúne ações e percursos exploratórios de São Paulo e de outras cidades, como o projeto Safari, do São Paulo Lab/Rede Studio-X Columbia University (Nova York), que apresenta mapeamentos da fauna e flora de regiões pelas quais passam redes metroviárias em Nova York, Pequim e São Paulo, e a exposição interativa usando a hashtag #modosdeusaracidade.
MOSTRA DE CINEMA – MODOS DE VER
O programa de filmes que a Mostra Internacional de Cinema e a X Bienal de Arquitetura de São Paulo prepararam para o vão livre do Masp reúne nove títulos gravados na capital paulista, escolhidos, entre muitos, para ver a cidade e notar também os modos pelos quais ela foi e é vista. O programa cobre um arco de 84 anos, período no qual São Paulo se transformou radicalmente
Mais informações e a programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no site www.xbienaldearquitetura.org.br.
SEMINÁRIOS • PALESTRAS • OFICINAS • PERCURSOS • VISITAS
Mais informações no site www.xbienaldearquitetura.org.br.
REDE EXPANDIDA
Casa de Francisca: Rua José Maria Lisboa, 190, Jardim Paulista (Metrô Brigadeiro)
De 16 de outubro a 27 de novembro, sempre às quartas-feiras, às 21h30.
São 40 lugares vendidos a cada noite, por R$ 53. Reservas somente no site www.casadefrancisca.art.br
Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200, Morumbi
Anhangabaú: Jardim Tropical
De 12 de outubro a 24 de novembro
Horário de funcionamento e programação detalhada no site www.institutobardi.com.br
Apresentação do projeto de Lina Bo Bardi e equipe para o Concurso do Anhangabaú, promovido em 1981 pela Emurb, que apresentava a radicalidade do uso do vale pelos pedestres em meio a um imenso parque, por ela denominado Jardim Tropical. Haverá também o colóquio “Lina Bo Bardi em Seu Tempo”, que será realizado em 19 de outubro
Casa do Povo: Rua Três Rios, 252, Bom Retiro (Metrô Tiradentes)
Nós Brasil, We Brazil!
De terça-feira a domingo, das 11 às 18 horas
Contribuição oficial da Alemanha, o projeto tem como objetivo aprofundar o entendimento da realidade das cidades brasileiras contemporâneas, bem como dos desafios que elas enfrentam. No decorrer da bienal, palestras e workshops acontecerão na Mesa-Y. A programação poderá ser conferida no Facebook www.facebook.com/casadopovoxxi e no site www.goethe.de/weltstadt
Cemitério do Araçá: Avenida Doutor Arnaldo, 666, Cerqueira César (Metrô Clínicas)
Penetrável Genet
Diariamente, das 13 às 17 horas, com sessões de 15 pessoas
Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes: Avenida Inácio Monteiro, 6900, Cidade Tiradentes
Modos de Colaborar
Em articulação com o Sesc Pompeia, são realizados debates e oficinas gratuitos em dias e horários a ser confirmados
Galeria Choque Cultural: Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena (Metrô Sumaré)
Conjunto Vazio
De 10 a 16 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e sábado, das 13 às 18 horas
Teatro Oficina: Rua Jaceguai, 520, Bela Vista (Metrô Liberdade)
Serviço:
REDE BIENAL
Cada um dos espaços que compõem a Rede Bienal terá datas específicas de abertura e fechamento de suas exposições. O acesso ao público será possível respeitando a política de cada instituição parceira, conforme descrito a seguir:
Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000, Paraíso (Metrô Paraíso/Vergueiro)
De 12 de outubro a 1º de dezembro, diariamente (áreas livres), das 9 às 22 horas, e de terça-feira a domingo, das 9 às 18 horas (jardins) e das 9 às 22 horas (Espaço Flávio Império – Foyer). Acesso gratuito aos espaços expositivos
Museu de Arte Assis Chateaubriand – Masp: Av. Paulista, 1578 (Metrô Trianon-Masp)
De 13 de outubro a 24 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas (a bilheteria fecha às 17h30), e de quinta-feira, das 10 às 20 horas (a bilheteria fecha às 19h30). Possibilidade de postergação da data de término, a ser confirmada pela instituição
Ingresso integral: R$ 15, com direito a entrada em todas as exposições em cartaz no dia da visita. Estudantes, professores e aposentados com comprovante: R$ 7 (meia-entrada). Menores de 10 anos e maiores de 60 anos não pagam ingresso. Às terças-feiras, a entrada é gratuita para o público em geral.
Centro Universitário Maria Antonia – USP: Rua Maria Antonia, 258 e 294, Vila Buarque
(Metrô República)
De 14 de outubro a 1º de dezembro, de terça a sexta-feira, das 10 às 21 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 20 horas
Acesso gratuito aos espaços expositivos
Museu da Casa Brasileira: Avenida Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano
(Metrô Faria Lima e ciclovia)
De 12 de outubro a 10 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas
Ingresso: R$ 4 e R$ 2 (estudantes). Domingos e feriados: gratuito
Sesc Pompeia: Rua Clélia, 93, Pompeia (Estação Água Branca da CPTM)
De 15 de outubro a 1º de dezembro, de terça-feira a sábado, das 9 às 20 horas, e domingos e feriados, das 9 às 20 horas
Acesso gratuito
Praça Victor Civita: Rua Sumidouro, 580, Pinheiros (Metrô Pinheiros)
De 12 de outubro a 1º de dezembro, diariamente, das 6h30 às 19 horas
Acesso gratuito
Projeto Encontros (Metrô Paraíso, na plataforma da Linha 1 – Azul, sentido Tucuruvi): Rua Vergueiro, 1456
De 12 de outubro a 1º de dezembro, de domingo a sexta-feira, das 4h40 à 00h22, e sábado, das 4h40 à 1 hora
Acesso ao local da exposição para o público circulante do metrô
Bilhete unitário: R$ 3
Associação Parque Minhocão: Av. São João, 1896 (Metrô Santa Cecília)
De 13 de outubro a 1º de dezembro, com visitas programadas (informações detalhadas no site www.Xbienaldearquitetura.org.br) Acesso gratuito.
A arte da gravura, que há dois anos levou milhares de pessoas ao MASP com séries completas de Goya, poderá ser mais uma vez apreciada pelo público que visita o Museu. A partir de 23 de janeiro, sábado, O Mundo Mágico de Marc Chagall – Gravuras reúne 178 obras do artista nascido em 1887 na Bielo-Rússia e morto em 1985 no sul da França, país que adotou como cidadão. Sob curadoria do museólogo Fabio Magalhães a mostra apresenta séries emblemáticas de gravuras – uma das formas de expressão preferidas de Chagall – entre elas as integrais de La Bible (A Bíblia) e Daphnis et Chloé (Dafne e Cloé), criadas pelo mestre entre os anos 20 e 50.
Trazidas especialmente para a exposição O Mundo Mágico de Marc Chagall - O Sonho e a Vida, integrante da programação do Ano da França no Brasil, as gravuras integraram a mostra apresentada em Belo Horizonte e Rio de Janeiro e agora vêm a São Paulo a partir da parceria do MASP com a Base7 Projetos Culturais e a Casa Fiat de Cultura. Com patrocínio da Fiat, copatrocínio do Banco Iveco Capital e apoio do Ministério da Cultura, a exposição fica até 28 de março na Galeria Horácio Lafer, 1º andar do Museu. Na 2ª feira, 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, o Museu excepcionalmente abre suas portas e não cobrará ingressos, numa homenagem do MASP e de seus patrocinadores à cidade e seus visitantes.
Destaque na exposição, a série Daphnis et Chloé (Dafne e Cloé),com 42 gravuras, é fruto de duas viagens de Chagall à Grécia. O artista tinha o propósito de vivenciar a atmosfera e a luminosidade da paisagem e conhecer melhor a cultura pastoril do país. A primeira visita, em 1952, proporcionou a execução dos primeiros guaches, que registram a luz mediterrânea e a experiência emocional vivida em terras gregas. Os 42 guaches foram realizados entre 1953 e 1954 e serviram como estudos preparatórios para a transposição em litografias. Para chegar ao resultado pretendido, de extraordinária beleza cromática, Chagall trabalhou com o impressor Charles Sorlier no famoso estúdio de Fernand Mourlot. Foi necessário utilizar uma pedra para cada tonalidade de cor, ou seja, uma única gravura exigiu 25 pedras-matrizes.
Outro destaque da mostra é a série Les Fables de La Fontaine (As Fábulas de La Fontaine), com 23 gravuras, trabalho encomendado pelo marchand e crítico de arte Ambroise Vollard. Chagall produziu, entre 1926 e 1927, cem guaches representativos das fábulas de La Fontaine (1621-1695). As obras foram expostas em 1930 em Paris, Bruxelas e Berlim e, comercializadas, acabaram se dispersando pelo mercado, tornando praticamente impossível a reunião integral da série. Antes de finalizar as gravuras para esta série Chagall recebeu de Vollard o pedido para que realizasse um conjunto que batizaria de La Bible (A Bíblia), com 105 gravuras. O artista trabalhou no tema de 1931 a 1939, quando visitou a Palestina para ver de perto o palco dos acontecimentos bíblicos. A série integral destas obras, aquareladas à mão pelo artista, estão apresentadas agora no MASP.
Sobre o artista
Marc Chagall (Moshe Zakharovitch Shagal) nasceu em 06 de julho de 1887, num bairro de judeus pobres de Vitebsk, na Bielo-Rússia, àquele tempo pertencente ao Império Russo. Naturalizado francês, o artista foi um dos pioneiros da Modernidade e participou das grandes transformações das artes plásticas no início do século 20, tornando-se um dos mais notáveis artistas de seu tempo. Apesar do intenso convívio com as tendências de vanguarda, a arte de Chagall adquiriu contornos pessoais desde a juventude. Desde cedo, sua expressão seguiu caminhos singulares.
Serviço Educativo
Como nas mostras compostas por obras do acervo e nas exposições temporárias realizadas pelo MASP, a exposição de Marc Chagall terá um programa educativo elaborado especialmente para atender aos visitantes, professores e alunos de escolas das redes pública e privada. As visitas orientadas são realizadas por uma equipe de profissionais especializados.
Informações: 3251 5644, r 2112.
Uma das principais coleções de fotografia brasileira abre sua 17ª edição no MASP. Para esta montagem, a comissão da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia selecionou 24 nomes de fotógrafos brasileiros - ou estrangeiros atuantes no país - que possuem representação e influência significativa para a fotografia brasileira. A escolha de 80 obras, em vez de 60, como nas edições anteriores, refere-se aos 80 anos de atuação da Pirelli no Brasil. A mostra fica aberta ao público de 12 de março a 3 de maio, no MASP. Esta edição da Coleção se destaca pela abertura a novos olhares, com o objetivo de preencher lacunas das edições anteriores. Em 2008, a comissão organizadora contou com o auxílio de uma consultoria regional composta pela galerista Márcia Mello e pelos fotógrafos Orlando Azevedo, Pedro David e Tiago Santana. O papel deles foi o de sugerir artistas de diferentes regiões do país cuja contribuição não esteja contemplada na Coleção. De acordo com a coordenadora do projeto, Anna Carboncini, a consultoria regional permitiu maior profundidade na pesquisa de um panorama da fotografia brasileira, abrangendo características históricas e estéticas específicas de determinadas áreas do país, longe dos centros habituais. ?Esta participação enriqueceu a Coleção e permitiu uma investigação em profundidade?, afirma. ?Este ano é especial para a Pirelli, porque comemoramos 80 anos de presença industrial e um século de história no Brasil. Com o intuito de prestar uma homenagem ao país que proporcionou à companhia crescer e se consolidar neste mercado, optamos por incluir mais 20 obras e chegar às 80 fotografias?, comenta Mario Batista, diretor de assuntos corporativos da Pirelli. A 17ª Coleção Pirelli/MASP conta ainda com uma área especial dedicada ao trabalho do fotógrafo André François, com 20 obras. François desenvolve documentários na área da saúde desde 2005, trabalhando temas como a humanização e a busca dos brasileiros pelo tratamento médico, acreditando no poder transformador da fotografia. Mesmo com foco em um ambiente difícil e com situações tristes, o artista retrata a ternura e os sentimentos de afeto entre as pessoas. A Coleção O objetivo principal da Coleção Pirelli/Masp de Fotografia é formar um panorama da fotografia contemporânea brasileira a partir dos anos 50, portanto, cada edição é pensada de forma a contemplar os trabalhos mais significativos nesse grande mosaico que é a linguagem fotográfica e a sua evolução nos mais diferentes campos. O acervo da Coleção conta com mais de mil obras de cerca de 300 fotógrafos representantes de todas as regiões do país. O conjunto tem a virtude de reunir nomes consagrados, investir em talentos emergentes e também dar destaque a grandes artistas não conhecidos do grande público. O resultado é uma coleção com diversidade temática, técnica e estética. A chegada à 17ª edição confirma a validade do modelo de atuação: um conselho independente, formado por nomes importantes da fotografia no Brasil - entre os quais Boris Kossoy, Thomaz Farkas e Rubens Fernandes -, seleciona anualmente um conjunto de obras que são doadas ao MASP. Os selecionados para a 17ª Edição: Artista Residência atual Ricardo Labastier Brasília DF Anderson Schneider Brasília DF Miguel Aún Belo Horizonte MG José Faria Belo Horizonte MG Rui Cesar Dos Santos Nova Lima MG Rodrigo Zeferino Ipatinga MG Barbara Wagner Recife PE José Frota Natal RN Voltaire Fraga Salvador, (falecido) SP Zig Koch Curitiba PR Helmuth Wagner Curitiba, (falecido) PR Rogerio Ghomes Londrina PR Nani Gois Piraquara PR Zé Paiva Florianópolis SC Milan Alram Rio de Janeiro RJ Ana Vitória Mussi Rio de Janeiro RJ Fausto Chermont São Paulo SP Jacques Dequeker São Paulo SP André François São Paulo SP Felipe Hellmeister São Paulo SP Gui Paganini São Paulo SP André Paoliello São Paulo SP Vania Toledo São Paulo SP Bob Wolfenson São Paulo SP Coleção Pirelli/MASP de Fotografia ? 17ª Edição MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand Av. Paulista, 1.578 - Cerqueira César - São Paulo ? SP. Horário: terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta até 20h. A bilheteria fecha uma hora antes. Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7 (estudante), gratuito às terças-feiras e diariamente para menores de 10 anos e maiores de 60 anos. Informações: 11 3251 5644.
Em 64 trabalhos sobre papel, 19 fotografias e 11 livros, a exposição Primeiro Expressionismo Alemão: Paula Modersohn-Becker e os Artistas de Worpswede - Desenhos e Gravuras (1895-1906) remonta o diálogo de artistas alemães com a natureza, o homem e as paisagens do isolado vilarejo de Worpswede, na Alemanha. A mostra esteve em mais de vinte países nos últimos dez anos e pode ser vista no MASP de 31 de julho a 5 de outubro. Antes de seguir pela América Latina, passa por Porto Alegre, Curitiba e Brasília.
Um capítulo à parte do modernismo clássico, marcado por uma oposição ao formalismo da virada do século XIX, chega ao MASP no dia 31 de julho com a exposição Primeiro Expressionismo Alemão: Paula Modersohn-Becker e os Artistas de Worpswede - Desenhos e Gravuras (1895-1906). Principal artista da mostra, Modersohn-Becker absorveu influência de artistas como Cézanne, Gauguin e Van Gogh e deixou cerca de 700 pinturas, mais de mil desenhos e 13 gravuras produzidos entre os anos de 1895 a 1905.
Vítima de embolia 18 dias após o parto de sua primeira filha, a artista viveu intensamente seus 31 anos e em pouco mais de uma década de produção artística pontuou a arte expressionista com uma visão mais feminista.
Uma das precursoras dos auto-retratos em nu, Paula não teve reconhecimento de sua obra em vida. Sua obra e a de seus amigos e colegas ganhou corpo no pequeno povoado de Worpswede, próximo à cidade de Bremen, Alemanha, vilarejo símbolo de imagens atmosféricas de paisagens nórdicas e sede da colônia de jovens artistas cujo movimento se afastou dos temas acadêmicos tradicionais da época, levados pelo ideal romântico da natureza.
A cidadezinha era freqüentada e citada também pelo poeta tcheco Rainer Maria Rilke, um dos grandes amigos de Paula, que escreveu para ela, quase um ano após sua morte, o célebre poema Réquiem para uma amiga.
Principal representante do movimento, apesar de seu ingresso posterior à colônia, Paula tomou a via mais radical entre os artistas de Worpswede rumo à era moderna, deixando de representar a aparência exterior para buscar a essência interior das coisas, o que poderá ser visto na mostra. Desenhos de Otto Modersohn e grafismos de Fritz Overbeck, Heinrich Vogeler, Fritz Mackensen e Hans am Ende completam as 94 obras da exposição itinerante do Instituto de Relações Culturais com o Exterior (IFA), de Stuttgart, Alemanha.
Concebida por Wulf Herzogenrath, a mostra itinerou pela China em 2007 e depois do MASP passará por Porto Alegre, Curitiba e Brasília, seguindo depois pela América Latina.
A exposição Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades, curada por Amanda Carneiro e em cartaz no MASP até o dia 16 de março de 2025, reivindica a pluralidade e o desejo como forças criativas, permitindo novas formas de existência por meio da arte e da prática coletiva. Redes de colaboração com movimentos sociais e artísticos, bem como outras trocas educativas, reforçam essa perspectiva. Dessa forma, durante a exposição, serão realizadas oficinas gratuitas com coletivos que atuam na interlocução entre arte gráfica e ativismo, transformando o espaço expositivo em um ateliê vivo. Os convidados são: Artes Sapas, Fudida Silk, Jamac, Rutras, Coletivo Tem Sentimento e Parquinho Gráfico.
Confira a programação:
14.1, Terça-feira, 18h às 20h – Parquinho Gráfico*
21.1, Terça-feira, 18h às 20h – Parquinho Gráfico *
28.1, Terça-feira, 18h às 20h – Parquinho Gráfico *
8.2, Sábado, 10h30 às 12h30 – RUTRAS & Tem Sentimento, INSCREVA-SE
11.2, Terça-feira, 18h às 20h – Parquinho Gráfico *
22.2, Sábado, 10h30 às 12h30 – JAMAC, INSCREVA-SE
25.2, Terça-feira, 18h às 20h – Parquinho Gráfico*
15.3, Sábado, 10h30 às 12h30 – Artes Sapas, INSCREVA-SE
16.3, Domingo, 10h30 às 12h30 – Fudida Silk, INSCREVA-SE
*As oficinas às terças-feiras terão ingressos distribuídos 30 minutos antes do início da atividade, na própria exposição. As vagas serão limitadas e por ordem de chegada.
Ponto de encontro: galeria do 1° subsolo do MASP, dentro da exposição Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades.
PAULISTA CULTURAL
No dia 8 de dezembro, aniversário da avenida Paulista, as instituições que compõem a ação coletiva “Paulista cultural” sediarão em seus espaços oficinas gratuitas promovidas por seus parceiros.
> ITAÚ CULTURAL NO MASP
A linha de cada um, com Grupo Caixa de Imagens
Nesta oficina as pessoas participantes serão convidadas a criar e confeccionar suas próprias miniaturas inspiradas em bonecos da Guatemala, usando diversos materiais com diferentes cores.
Data: 08.12.24
Horário: 11h e 15h (duas sessões)
Duração: 45 minutos
Local: 1° subsolo do MASP, ao lado da loja
Vagas: 20
Classificação indicativa: Livre
PROPONENTE
Grupo Caixa de Imagens
> MASP NA JAPAN HOUSE
Máscaras-manifesto: ocultar e revelar, com Gustavo Inafuku
A oficina propõe às pessoas participantes a realização de intervenções gráficas sobre máscaras de papel, refletindo sobre os estereótipos em suas vivências. Serão utilizados recursos da gráfica de guerrilha, como stencil e colagem, para criar e circular mensagens com impacto visual.
Data: 08.12.24
Horário: 11h e 15h (duas sessões)
Duração: 2 horas
Local: Japan House, Sala de Seminários
Vagas: 20
Classificação indicativa: a partir de 15 anos
OBS: Haverá interpretação em Libras
INSCRIÇÕES: Retirada dos ingressos 30 minutos antes do início da atividade
El Greco, Êxtase de São Francisco com os estigmas, circa 1600
Jean-Auguste D. Ingres, Angélica acorrentada, 1859
Auguste Rodin, A meditação, sem data
live pelo Instragram @masp
Jean-Auguste Dominique Ingres, Cristo abençoador, 1834
Para a edição de novembro, será proposta uma conversa sobre o trabalho de Rembrandt van Rijn, Retrato de jovem com corrente de ouro (Autorretrato com corrente de ouro), c. 1635, com o de Dora Longo Bahia, Campo e contracampo (Presidente do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e 11 de junho de 2013), de 2017.
Ponto de encontro: entrada da mostra Acervo em Transformação, 2º andar, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no museu.
Para a edição de dezembro, será proposta uma conversa sobre os trabalhos de Ismael Nery, Desejo de amor, de 1932, e Perfil e alma, sem data.
Ponto de encontro: entrada da mostra Acervo em Transformação, 2º andar, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no museu.
Para a primeira edição de 2023, o MASP propõe uma conversa sobre o trabalho de Maria Auxiliadora da Silva, Três mulheres, de 1972, com o de Randolpho Lamonier, Encontro do Boto com São Tomás de Aquino às margens de um rio no Vale dos Homossexuais, de 2022.
Ponto de encontro: Entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Maria Auxiliadora da Silva, Três mulheres, 1972. Doação Paulo Bilezikjian, 2016
Para a segunda edição de 2023, o MASP propõe uma conversa sobre o trabalho de Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul - As meninas Cahen d´Anvers, de 1881, com o de Flávio Cerqueira, Amnésia, de 2015.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Flávio Cerqueira, Amnésia, 2015. Doação do artista, no contexto da exposição Histórias afro-atlânticas, 2018. Foto: MASP
Para a edição do dia 28 de março, o MASP propõe uma conversa sobre o trabalho de autoria desconhecida (escola Cusquenha), Nossa Senhora dos Remédios, do século 17, com o de autoria também desconhecida, Juízo final, de 1779-90.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Autoria desconhecida (escola Cusquenha), Nossa Senhora dos Remédios, século 17. Doação de Marcelo de Medeiros, em memória de Daniel Serra de Medeiros, 2012. Foto: MASP
Para a edição do dia 11 de abril, o MASP propõe uma conversa sobre algumas esculturas africanas, como Exu, do século 20, Ogun, machado cerimonial, sem data, e Xangô, sem data, todas de autoria desconhecida.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Autoria desconhecida, Exu, século 20. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Doação Cecil Chow Robilotta e Manoel Roberto Robilotta, em memória de Ruth Arouca e Domingos Robilotta, 2012. Foto: Felipe Scappatura
Para a edição do dia 25 de abril, o MASP propõe uma conversa sobre três trabalhos de Jean-Dominique-Ingres, A virgem do véu azul, de 1827, Cristo Abençoador, de 1834, e Angélica acorrentada, de 1859.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Jean-Auguste-Dominique Ingres, Cristo abençoador, 1834. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Compra, 1958, foto: Isabella Matheus
Para a edição do dia 9 de maio, o MASP propõe uma conversa sobre as obras As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo?, das Guerrilla Girls, e Elementos de beleza: um jogo de chá nunca é apenas um jogo de chá, de Carla Zaccagnini.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16h.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Imagem: Guerrilla Girls, As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo?, 2017. Acervo MASP. Doação das artistas, 2017. Foto: Guerrilla Girls.
Diálogo entre as pinturas Lunia Czcchwska (c. 1918), de Amedeo Modigliani, e Retrato de Suzanne Bloch (1904), de Pablo Picasso.
Ponto de encontro: entrada do Acervo em transformação, 2º andar, às 16h.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Diálogo entre as pinturas O vestido estampado (1891), de Édouard Vuillard, e O torso de gesso (1919), de Henri Matisse.
Ponto de encontro: entrada do Acervo em transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 1 de agosto, será proposta uma conversa sobre as esculturas de Lygia Clark, Bicho, sem data, e a de Daniel de Paula, Campo de ação / campo de visão, de 2017.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Daniel de Paula, Campo de ação/ campo de visão, 2017. Doação do artista, no contexto da exposição Avenida Paulista, 2017-2019.
Para a edição do dia 22 de agosto, será proposta uma conversa sobre as pinturas de Hulda Guzmán, Entrega de confiança, de 2017, e de Marcela Cantuária, Maternidade compulsória, de 2016.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Marcela Cantuária. Maternidade compulsória, 2016. Doação da artista, no contexto da exposição Histórias das mulheres, histórias feministas, 2019.
Para a edição do dia 12 de setembro, será proposta uma conversa sobre duas pinturas, uma de Anna Maria Maiolino, O herói, de 1966/2000, e outra de Claudio Tozzi, Repressão, de 1968.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Anna Maria Maiolino, O herói, 1966/2000, doação da artista, 2015.
Para a edição do dia 3 de outubro será proposta uma conversa sobre duas pinturas, uma de Agostinho Batista de Freitas, Circo Piolin no vão do MASP, de 1972, e outra de Lucia Laguna, Paisagem n. 114 (MASP), 2018.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Lucia Laguna, Paisagem n. 114 (MASP), 2018. Doação da artista, 2018. Foto: MASP
Para a edição do dia 10 de outubro, propomos uma conversa sobre duas pinturas, uma de Diego Velázquez, Retrato do conde-duque de Olivares, de 1624, e outra de Ticiano, Retrato do cardeal Cristoforo Madruzzo, de 1552.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Diego Velázquez, Retrato do conde-duque de Olivares, 1624, doação, acervo MASP, 1948. Foto: João Musa
Para a edição do dia 17 de outubro, propomos uma conversa sobre duas pinturas de Dalton Paula, Marcílio Dias e Tereza de Benguela, ambas de 2022.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Dalton Paula, Tereza de Benguela, 2022. Obra comissionada, 2019-22. Foto: Isabella Matheus
Para a edição do dia 24 de outubro, será proposta uma conversa sobre duas pinturas, uma de Pablo Picasso, Busto de homem (o atleta), de 1909, e outra de Lasar Segall, Interior de indigentes, de 1920.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Foto: Eduardo Ortega
Para a edição do dia 31 de outubro, será proposta uma conversa sobre duas pinturas de Candido Portinari, Criança morta e Retirantes, ambas de 1944.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Foto: Eduardo Ortega
Para a edição do dia 7 de novembro propomos uma conversa sobre duas esculturas, uma dos Los Carpinteros, Prego treze e outra de Pedro Reyes, Navalha suíça XV, ambas de 2015.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Los Carpinteros, Prego treze, 2015. Doação dos artistas e Fortes D'Aloia & Gabriel, 2021. Foto: Eduardo Ortega
O MASP é um dos parceiros da 6ª Virada da Consciência Negra, organizada pela Universidade Zumbi dos Palmares, que acontece entre os dias 13 e 20 de novembro na cidade de São Paulo. O programa Diálogos no Acervo propõe, então, um olhar para artistas e representações negras na coleção do museu e convida o público para debater.
Para a edição do dia 14 de novembro, propomos uma conversa sobre duas pinturas, uma de Rubem Valentim, Emblema-logotipo poético de cultura Afro-Brasileira nº 8, de 1976, e outra de Abdias Nascimento, Okê Oxóssi, 1970.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Abdias Nascimento, Okê Oxóssi, 1970. Doação Elisa Larkin Nascimento | IPEAFRO, no contexto da exposição Histórias afro-atlânticas, 2018.
O MASP é um dos parceiros da 6ª Virada da Consciência Negra, organizada pela Universidade Zumbi dos Palmares, que acontece entre os dias 13 e 20 de novembro na cidade de São Paulo. O programa Diálogos no Acervo propõe, então, um olhar para artistas e representações negras na coleção do museu e convida o público para debater.
Para a edição do dia 21 de novembro, propomos uma conversa sobre duas obras, uma de Brendan Fernandes, As One II [Como um II], de 2017, e outra de Eustáquio Neves, Sem título, da série Memória Black Maria, de 1995.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Eustáquio Neves, Sem título, da série Memória Black Maria, 1995. Doação Pirelli, 1996
Para a edição do dia 28 de novembro, propomos uma conversa sobre duas obras, uma de Édouard Manet, Banhistas no Sena - Academia, de 1874-76, e outra de Pierre-Auguste Renoir, Vênus vitoriosa, de 1916.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Édouard Manet, Banhistas no Sena – Academia, 1874-76. Doação: Arthur Lundgreen, 1952. Foto: João Musa
Para a edição do dia 05 de dezembro propomos uma conversa sobre três pinturas de Vincent Van Gogh: O escolar (o filho do carteiro - Gamin au Képi), de 1888; A arlesiana, de 1890 e Banco de pedra no asilo de Saint-Remy, de 1889.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Vincent Van Gogh, O escolar (o filho do carteiro - Gamin au Képi), 1888.
Para a edição do dia 12 de dezembro, propomos uma conversa sobre duas pinturas, uma do MAHKU, o Movimento de Artistas Huni Kuin, Yube Inu Yube Shanu [Mito do surgimento da bebida sagrada Nixe Pae], de 2020, e outra de Carmézia Emiliano, Parixara, de 2020.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Bã Huni Kuin | Bane Huni Kuin | Kássia Borges Karajá | Ayani Huni Kuin | Nawa Ibã Neto Huni Kuin | Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU), Yube Inu Yube Shanu [Mito do surgimento da bebida sagrada Nixe Pae], 2020. Foto: Eduardo Ortega
Para a edição do dia 16 de abril propomos uma conversa sobre a pintura de Djanira Silva, Vendedora de Flores, 1947 e a escultura de Maria Martins, Todavia!!, 1947.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Créditos da imagem
Djanira da Motta e Silva, Vendedora de flores, 1947, acervo MASP, doação Orandi Momesso, 2015.
Para a edição do dia 23 de abril propomos uma conversa sobre a pintura de Poussin, Himeneus e Príapo, 1634-38 e Bosch, As tentações de Santo Antão, c. 1500.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 30 de abril propomos uma conversa sobre a pintura de Rafael, Ressurreição de Cristo, 1499-1502 e Hulda Guzmán, Entrega de confiança, 2017
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 7 de maio propomos uma conversa sobre a pintura de Tarsila do Amaral, Composição (Figura Só), 1930 e Tarsila do Amaral, Autorretrato com vestido laranja, 1921
Mediação: Daniela
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 14 de maio propomos uma conversa sobre a pintura de Vicente do Rego Monteiro, Menino nu e a tartaruga, 1923 e Urna Funerária, Marajoara, c.400-1400.
Mediação: Vitória
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 11 de junho propomos uma conversa sobre as obras Paul Cézanne, O grande pinheiro, 1890-96; Paul Cézanne, Rochedos em L'Estaque, 1882-85 e Paul Cézanne, Madame Cézanne em vermelho, 1888-90.
Mediação: Vitória
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Para a edição do dia 6 de agosto, propomos uma conversa sobre as obras Navalha suiça XV, 2015, de Pedro Reyes e Autorretrato com marreta, 1941, de José Pancetti.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Créditos da imagem:
Pedro Reyes, Navalha suiça XV, 2015. Doação do artista, 2021. Foto: Edouard Fraipont
Para a edição do dia 3 de setembro, propomos uma conversa sobre as obras Circo Piolin no vão do MASP, 1972, de Agostinho Batista de Freitas, e Aprendendo, 2020, de Carmézia Emiliano.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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Agostinho Batista de Freitas, Circo Piolin no vão do MASP, 1972. Doação Marta e Paulo Kuczynski, 2016.
Para a edição do dia 17 de setembro, propomos uma conversa sobre as obras Paisagem com jiboia, circa 1660, de Frans Post, e Recurso VII, 2019, de Sandra Gamarra.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
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Frans Post, Paisagem com jiboia, circa 1660. Doação Max Lowenstein, 1961. Foto: João Musa
Para a edição do dia 1º de outubro, propomos uma conversa sobre as obras Moça com livro, sem data, de José Ferraz de Almeida Júnior, e O duque de Berry e o conde de Provença quando crianças, 1757, de François-Hubert Drouais.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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José Ferraz de Almeida Júnior, Moça com livro, Sem data. Doação Guilherme Guinle, 1947. Foto: João Musa
Para a edição do dia 15 de outubro, propomos uma conversa sobre as obras Repressão, 1968, de Claudio Tozzi, O herói, 1966/2000, de Anna Maria Maiolino, Sem título, 1968, de Wanda Pimentel e Bananas e cordas 3, 1973, de Antonio Henrique Amaral.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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Claudio Tozzi, Repressão, 1968. Doação do artista, 2016.
Para a edição do dia 29 de outubro, propomos uma conversa sobre as obras Venha dançar – convidou a natureza gentilmente, 2019-20, de Hulda Guzmán,Txãi pûke ruakê [Quati], 2022, de Maná Huni Kuin, MAKHU e Yame awa kawanei [Anta passando à noite], 2022, de Bane Huni Kuin, MAKHU.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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Hulda Guzmán, Venha dançar – convidou a natureza gentilmente, 2019-20. Doação Rose Setubal e Alfredo Setubal, no contexto da exposição Histórias da dança, 2020-21. Foto: cortesia da artista e Alexander Berggruen.
Para a edição do dia 12 de novembro, propomos uma conversa sobre as obras Bailarina de catorze anos, 1880, de Edgar Degas, e Amnésia, 2015, de Flávio Cerqueira.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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Edgar Degas, Bailarina de catorze anos, 1880. Doação de Alberto Alves Filho, Alberto José Alves e Alcino Ribeiro de Lima, 1954. Foto: João Musa
Para a edição do dia 26 de novembro, propomos uma conversa sobre as obras Diana adormecida, 1690-1700, de Giuseppe Mazzuoli, e O banho de Diana, 1559-60, de François Clouet.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
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Giuseppe Mazzuoli, Diana adormecida, 1690-1700. Doação Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira S.A.; Banco do Estado de São Paulo S.A, Antonio Sanches de Larragoiti Junior; Miguel Maurício e Clemente de Faria, 1950. Foto: João Musa
Para a edição do dia 4 de fevereiro de 2025, propomos uma conversa sobre as obras 'Cachoeira de Paulo Afonso', 1850, de E. F. Schute, e 'Farol da Barra - Musa da Paz', 1950, de José Pancetti.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Reserve seu ingresso aqui para garantir a entrada no Museu.
Créditos da imagem:
E. F. Schute, 'Cachoeira de Paulo Afonso', 1850. Doação João da Costa Doria, 1956. Foto: João Musa
TERÇA-FEIRA
GRÁTIS
16h
Conversa sobre as obras Mulher enxugando o braço esquerdo (após o banho), circa 1884 e Mulher enxugando a perna esquerda, 1903, de Edgar Degas, e Três nus femininos, 1920, de André Lhote.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 16 horas.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Conversa sobre as obras A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny, 1920-24, de Claude Monet, e A grande árvore, 1942, de Chaïm Soutine
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em transformação, 2º piso, às 19 horas.
Esta visita conta com interpretação em Libras.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
SEXTA-FEIRA
GRÁTIS
19h
Conversa sobre as obras Vendedora de flores, 1947, Djanira Motta e Silva e O torso de gesso, 1919, Henri Matisse.
Ponto de encontro: na entrada do Acervo em Transformação, 2º piso, às 19 horas.
Esta visita conta com interpretação em Libras.
Retire seu ingresso no site para garantir a entrada no Museu.
Este é o terceiro de uma série de seminários que antecipa o eixo curatorial Histórias da dança, que pautará um programa completo de exposições individuais e coletivas, palestras, oficinas, publicações e cursos no MASP em 2020.
Este é o segundo seminário de um projeto de longo prazo realizado desde 2018 em conjunto com o Afterall, centro de pesquisa e publicação da Universidade de Artes de Londres voltados à arte contemporânea e à história das exposições.
Este é o segundo de uma série de seminários que antecipam a exposição Histórias indígenas, a ser realizada em 2021, ano em que um eixo curatorial de mesmo nome pautará um programa completo de exposições individuais e coletivas, palestras, oficinas, publicações e cursos no MASP.
Este seminário dá continuidade às discussões de outros dois promovidos pelo MASP no ano passado, nos meses de fevereiro e novembro. São todos parte da pesquisa realizada para o ciclo de exposições e programas públicos Histórias das mulheres, histórias feministas, eixo temático do museu em 2019, que inclui uma grande mostra coletiva prevista entre agosto e novembro. A exposição será dividida em duas partes: Histórias das mulheres, com obras de vários territórios, estilos e gêneros pictóricos realizadas até o final do século 19, mas relegadas pela história oficial da arte, e Histórias feministas, com artistas de diferentes nacionalidades que trabalham em torno de ideias feministas ou em resposta a elas no século 21.
O seminário ‘Histórias da dança’ é a primeira parte de um projeto de longo prazo que se desdobrará em toda a programação dedicada ao tema no MASP, em 2020. Durante um ano, o museu realizará exposições, oficinas, palestras e publicações que pensem e levantem questões sobre as relações, os cruzamentos e os diálogos entre artes visuais e dança através dos tempos.
Histórias feministas, Mulheres radicais, seminário organizado em parceria com a Pinacoteca de São Paulo, dá continuidade a um primeiro realizado no MASP, em fevereiro de 2018, que contou com apresentações de artistas, pesquisadoras, ativistas e curadoras.
Este seminário celebra os 50 anos do edifício do MASP na avenida Paulista, desenhado por Lina Bo Bardi e inaugurado em novembro de 1968. A discussão será dedicada à arquitetura do edifício, aos impactos do projeto na vida cotidiana da cidade de São Paulo e aos usos sociais e políticos do vão do MASP.
Arte e descolonização é o primeiro seminário de um projeto de longo prazo realizado em conjunto entre MASP e Afterall, centro de pesquisa e publicação da University of the Arts de Londres dedicado à arte contemporânea e suas histórias, e que estabelece uma parceria inédita entre as duas instituições.
Este é o primeiro seminário público dedicado ao MASP Pesquisa, programa de fomento à pesquisa em arte, que visa promover a especialização e a capacitação profissional de pesquisadores interessados em estudar as coleções e a história do Museu de Arte de São Paulo.
O seminário dá continuidade à primeira parte da discussão ocorrida em março de 2017, dedicada às peças de cerâmica e metal da Coleção MASP Landmann. Nesta segunda parte, o seminário abordará os têxteis da coleção, compostos por aproximadamente 177 peças.